A Medicina e a Farmácia têm já um processo de comunicação, mas tem de ser melhorado e focado na missão de cada uma das áreas, que é cuidar das pessoas que precisam. «E sempre que falamos de pessoas, temos todos os motivos para nos juntarmos e articularmos», alega Fernando de Almeida. «Não me canso de dizer que temos de nos articular para evitar aspetos que são sempre muito negativos. O primeiro é, desde logo, forçar as pessoas a recorrer aos médicos. Quanto mais pudermos evitar que vão ao médico, melhor. Não é proibir, mas fazer todos os possíveis para evitar, prevenindo, assim, desconforto e despesas. Todos melhoramos se conseguirmos resolver as questões através de um serviço de proximidade, como é a farmácia».
A tese do presidente do INSA não passa, enfatiza, pela substituição do médico. «De modo algum», esclarece, «é antes um complemento de conselheiro, de literacia em saúde». São vários os exemplos de articulação e projetos conjuntos a implementar entre as duas classes profissionais. Fernando de Almeida evidencia o sucesso de um: «é um exemplo que conheci enquanto coordenador da task force para a testagem - a própria testagem. Se não fossem as farmácias, teríamos tido muitas mais dificuldades, sobretudo nos TRAg, para dar resposta aos milhares e milhares de pessoas que necessitavam do serviço».