Em 2015, 79,5% dos utentes revelaram estar satisfeitos com o atendimento que lhes foi prestado nas Unidades de Saúde Familiar, revelou o presidente da Associação Nacional das USF, João Rodrigues. Este resultado foi possível, explicou o responsável, pela transformação destes centros em organizações positivas, que apostam em formação. O desafio é agora uma maior colaboração entre USF e farmácias, «para a promoção e literacia em saúde, e através da previsão da doença», defendeu ainda João Rodrigues.
A Farmácia Saúde, na Figueira da Foz, tem experiência em colaboração com outros profissionais de saúde. Num contexto em que 70% dos medicamentos dispensados são sujeitos a receita médica e, destes, 35% destinam-se a doentes polimedicados, os resultados são bastante positivos, congratulou-se Anabela Mascarenhas, da Farmácia Saúde, que aposta há anos em serviços farmacêuticos. «70% dos inquiridos revelaram deslocar-se primeiro à farmácia para resolver problemas de saúde».
Um dos pedidos da farmácia, que forma com frequência equipas multidisciplinares com outros profissionais de saúde, é a renovação de receitas. A revisão da medicação, a avaliação da introdução de novos medicamentos na terapêutica, e a mediação entre médicos de família e especialistas, são outras competências dos farmacêuticos.
Um dos exemplos apontados na sessão paralela desta tarde foi o projecto USFarmácia, realizado entre sete farmácias da Figueira da Foz e a USF de São Julião. Centrado no doente, o projecto-piloto de colaboração entre profissionais de saúde está prestes a arrancar para o terreno.
