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6 setembro 2021
Texto de Carlos Enes e Paulo Martins Texto de Carlos Enes e Paulo Martins Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Os serviços têm futuro

​​​​​​​Ministra da Saúde e presidente da ANF em sintonia.​

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O Governo está interessado na implementação de serviços farmacêuticos à população. «Contamos com os farmacêuticos para a dispensa de medicamentos, mas também para a prestação de serviços de saúde», declarou a ministra da Saúde na tomada de posse da Direcção da ANF, em 21 de Junho. «Quero dizer-te, querida Ema, que estamos disponíveis para trabalhar convosco», enfatizou Marta Temido.



A presidente da ANF pediu à governante para «olhar sempre para as farmácias como parte da solução». Ema Paulino considera os serviços farmacêuticos um bom investimento para o Estado. «Esta crise pandémica deixou claro que todos somos necessários quando se trata de tornar os sistemas de saúde eficientes e sustentáveis», afirmou.

O valor da intervenção das farmácias na reacção à COVID-19 foi muito elogiado pela governante. «Quero destacar que as farmácias comunitárias nunca fecharam», declarou Marta Temido, expressando o seu reconhecimento por terem «assegurado o acesso a medicamentos e equipamentos de protecção individual». A ministra notou ainda que as farmácias «adequaram os seus espaços e formaram o seu pessoal de saúde, reforçaram os processos de dispensa ao domicílio e continuam a colaborar através da realização de testes».



A ministra da Saúde reconhece que «as farmácias são um pilar essencial no sistema de Saúde português» e valoriza a forma como têm interagido com os outros prestadores de cuidados. «Tem sido um dos óptimos exemplos do aproveitamento de sinergias com vista à protecção da Saúde Pública», considera Marta Temido.

Ema Paulino concorda que as farmácias comunitárias têm «um papel a desempenhar na Saúde Púbica, na educação para a saúde e na prevenção da doença». No seu discurso, defendeu a intervenção dos farmacêuticos comunitários «na preparação e resposta de emergência, na garantia de acesso aos medicamentos e na sua utilização responsável, assim como na melhoria da sensibilização para a vacinação».

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A farmacêutica, de 45 anos, anunciou que a ANF tem propostas a apresentar para evitar urgências hospitalares desnecessárias, minimizar o impacto das rupturas de medicamentos e impedir a interrupção de terapêuticas. As farmácias estão prontas a garantir a dispensa na comunidade dos medicamentos hospitalares e o sucesso dos programas de vacinação e testagem à COVID-19. «Senhora ministra, comprometemo-nos a reforçar o caminho que já vinha a ser feito, de implementação de serviços que optimizem os ganhos em saúde no contexto de uma nova normalidade. Contudo, merecemos fazê-lo com a formalização e o respaldo legislativo e regulamentar necessários à sua sustentabilidade e escalabilidade», considerou a presidente da ANF. 

Os serviços farmacêuticos serão sempre implementados «em colaboração» com os parceiros envolvidos, como os médicos, a indústria farmacêutica e as farmácias hospitalares. «Temos as nossas propostas para garantir que o investimento que o país anualmente faz em medicamentos se traduza em ganhos em saúde. Mas estamos principalmente disponíveis para ouvir o que o Governo espera de nós», concluiu Ema Paulino.



FARMÁCIAS ELEGEM "NOVO RUMO"

A lista “Novo Rumo ANF”, encabeçada por Ema Paulino, ganhou as eleições para os Órgãos Sociais da ANF, realizadas no dia 29 de Maio. A Lista A recolheu 58 por cento dos votos, ​contra 35,7 por cento da lista F, liderada por Nuno Vasco Lopes, vice-presidente da Direcção cessante. «Sob a nossa liderança, podem contar com uma ANF forte e comprometida com a Saúde Pública e individual, e obstinada com o contributo que as farmácias dão e podem vir a dar nestes domínios», prometeu a nova presidente no discurso de tomada de posse.

Expressaram o seu voto 94,6 por cento dos inscritos no Caderno Eleitoral, correspondendo a 2.376 sócios da ANF. «Os proprietários de farmácia disserem presente» – congratulou-se Ema Paulino – e «demonstraram que querem ter um lugar na mesa onde se discutem os assuntos que se relacionam com os cuidados que prestam e que reconhecem na Associação Nacional das Farmácias a relevância social, política e institucional que impulsionou a sua fundação».

João Cordeiro, que foi presidente da ANF até 2013, regressa agora como presidente da Assembleia Geral. «Podemos assumir com orgulho que somos um caso único de participação no universo associativo patronal», enfatizou o farmacêutico que liderou a associação durante 34 anos.

O presidente cessante da Assembleia Geral, João Silveira, também sublinhou a «participação recorde» das farmácias no acto eleitoral. Os dois líderes históricos da ANF convergiram nos votos de felicidades para a nova Direcção. «O resultado obtido pela lista vencedora confere-lhe uma legitimidade indiscutível. Desejo-te, pois, Ema, o maior sucesso e toda a sorte do mundo», exprimiu João Cordeiro. «O vosso sucesso será o nosso sucesso», declarou João Silveira.


A DIRECÇÃO

Ema Paulino, Presidente, Almada

O estatuto de primeira mulher a exercer um cargo não é estranho a Ema Paulino. Em 2013, muitos anos antes da eleição para presidente da ANF, inscreveu o seu nome na história da Federação Internacional Farmacêutica (FIP): nunca o Comité Executivo integrara uma mulher. Tratou-se do reconhecimento de uma sólida carreira internacional, que culminou, entre 2017 e 2018, nas funções de CEO interina da organização. 

Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa, detém pós-graduações em Farmácia Comunitária e em Liderança, e concluiu o programa executivo Value Measurement for Health Care da Harvard Business School. Proprietária e directora-técnica da Farmácia Nuno Álvares, em Almada, é directora-geral da Ezfy. Faz parte da Comissão Técnica de Vacinação da Direcção-Geral da Saúde, desde 2018, e da criada em 2020 para combater a COVID-19.

Despertou cedo para a vida associativa. Líder da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (1999-2000), passou no biénio seguinte a secretária-geral da associação europeia. Membro da Direcção da ANF de 2003 a 2012, foi nesse ano eleita presidente da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas, da Ordem dos Farmacêuticos. Em 2019, ascendeu à Direcção Nacional. 

Distinguida com o galardão FIP Fellow (2012) e o Prémio Almofariz para Figura do Ano (2014), foi em 2017 seleccionada como uma das 100 gestoras nacionais da nova geração para o Círculo da Inovação, projecto do Expresso, SIC Notícias e NOS. É membro correspondente da Academia Nacional de Farmácia (França). 

Diogo Gouveia, Vice-presidente, Barreiro
Paula Dinis, Vice-presidente, Coja
Paulo Fernandes, Vice-presidente, Manteigas
Ana Tenreiro, Vogal, Bombarral
Paulo Gouveia, Vogal, Portimão
Teresa Almeida, Vogal, Porto
Rahim Sacoor Ali, Vogal, Lisboa
Diana Amaral, Vogal, Braga 
Francisco Barros, Vogal suplente, Castro D’Aire
Miguel Samora, Vogal suplente, Odemira


A MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

João Cordeiro, Presidente, Cascais

Presidente da Direcção de 1979 a 2013, o líder histórico está de regresso aos Órgãos Sociais da ANF, em cuja fundação participou, como membro do chamado “Grupo de Cascais”, particularmente activo no processo de transição do Grémio Nacional das Farmácias para a nova organização, de matriz democrática, ocorrido entre 1974 e 1976.

A celebração, em 1988, do acordo de fornecimento de medicamentos com o Ministério da Saúde, que centralizou na Associação os pagamentos às farmácias, é um dos momentos mais marcantes dos mandatos de João Cordeiro, que é licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Durante o seu longo consulado, foram lançados os emblemáticos projectos de informatização das farmácias e de formação contínua, criado o Montepio Nacional da Farmácia e unidades científicas como o Laboratório de Estudos Farmacêuticos e o CEFAR, bem como consolidado o universo empresarial da ANF.

Proprietário e director-técnico de farmácia há mais de 50 anos, a sua biografia regista ainda funções de administração e gestão em diversas empresas. É presidente do Conselho de Administração da Quilaban – Química Laboratorial Analítica, SA.

Foi agraciado, em 1996, com a Medalha de Prata do Consejo General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos (Espanha) e, em 2001, com a Medalha de Honra da Ordem dos Farmacêuticos. Em 2013, recebeu as Insígnias da ANF. 

Madalena Nunes de Sá, Vice-presidente, Guimarães
José Aires, Secretário, Açores
Ana Pascoal, Secretário, Setúbal


O CONSELHO FISCAL

Paulo Barradas, Presidente, Coimbra

Tendo começado a carreira profissional como farmacêutico comunitário, Paulo Barradas presidiu, entre 1998 e 2001, à Direcção da Farbeira – Cooperativa de Farmacêuticos do Centro, CRL. Desde então, é conhecido sobretudo como gestor e empresário da indústria farmacêutica, com presença accionista em diversas empresas.

Presidente do Conselho de Administração e director-geral da Bluepharma – Indústria Farmacêutica, SA e da Bluepharma Genéricos – Comércio de Medicamentos, SA, é licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Coimbra. Concluiu uma pós-graduação em Gestão Farmacêutica, na Universidade Católica, e o programa M&As and Corporate Strategy do INSEAD.

No campo associativo do sector, integrou a Direcção da Secção Regional do Centro da Ordem dos Farmacêuticos, foi presidente do Conselho Fiscal Nacional da organização e membro do Conselho Nacional para a Cooperação. Na ANF, exerceu funções de delegado de zona. Faz parte do júri do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia.

É membro, desde 2016, do Conselho Estratégico do Centro Académico Clínico de Coimbra, CHUC-UC, consórcio entre o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e a Universidade de Coimbra.

Em 2012, foi distinguido com o prémio INSEAD de Empreendedorismo. No ano seguinte, recebeu o prémio Empreendedor do Ano, atribuído pela Gesventure.

Jorge Esgalhado, Vogal, Costa da Caparica
Rosa Barbosa, Vogal, Braga
Pedro Marques, Vogal, Entroncamento


O CONSELHO DISCIPLINAR

Maria Helena Amado, Presidente, Coimbra

Eleita pela primeira vez em 2001 para o Conselho Disciplinar da ANF, ascendeu em 2013 à presidência do órgão, cargo no qual inicia um novo mandato. É co-proprietária e directora-técnica da Farmácia Luciano & Matos, em Coimbra, vencedora do Prémio Almofariz 2014 para a Farmácia do Ano.

Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Coimbra, Maria Helena Amado integrou entre 1982 e 1995 a equipa de Análises Clínicas e Saúde Pública do Laboratório da Sub-Região de Saúde de Coimbra, no qual foi responsável pelo Departamento de Hematologia e Serologia. A partir de 1995, fez parte de órgãos da Ordem dos Farmacêuticos: foi secretário na Secção Regional do Centro até 2012 e membro do núcleo fundador do Conselho Nacional da Qualidade. Presidiu à Mesa da Assembleia Geral da Farminveste SGPS, SA e integra, desde 2020, o Conselho Geral e de Supervisão da Associação Dignitude. 

Lara Nicolau, Secretário, Lourinhã
Madalena Neves, Vogal, Lisboa
André Coelho, Vogal, Lisboa
Maria José Vieira, Vogal, S. Gonçalo do Arcozelo
Rogério Martins, Vogal Suplente, Vila Pouca de Aguiar