A Organização Mundial da Saúde (OMS) apela aos governos europeus para «providenciarem à população o máximo potencial das farmácias». Para além da dispensa de medicamentos, o serviço público das farmácias deve, como «segundo componente», incluir «a prestação de outros serviços clínicos».
No relatório sobre farmácias comunitárias na Europa, apresentado a 25 de Setembro, a OMS defende a contratualização entre os Estados e as farmácias de serviços de saúde pública. É preciso rever o modelo de remuneração das farmácias comunitárias que, em muitos países europeus, apenas contempla a dispensa de medicamentos. O novo modelo deverá incluir as novas actividades e serviços e os custos de prestação desses serviços, incluindo a necessidade de investimento adicional.
Como exemplo de novos serviços clínicos a prestar pelas farmácias comunitárias, os especialistas da OMS sugerem a administração de medicamentos, como vacinas, e serviços de aconselhamento farmacêutico sobre medicamentos, como a revisão terapêutica em doentes polimedicados ou o incentivo à adesão terapêutica.
O relatório sobre o quadro legal e regulamentar das farmácias comunitárias na Europa abrange ainda questões como a formação, acesso à profissão, abertura e propriedade de farmácias e barreiras à concentração, apresentando uma visão geral da actividade farmacêutica no continente europeu.