O Governo reconhece a importância da rede de farmácias para a prestação de cuidados de saúde. «As farmácias são um pilar essencial no sistema de Saúde português. A interacção entre farmácias comunitárias e os demais actores do sistema de saúde português tem sido um dos óptimos exemplos do aproveitamento de sinergias com vista à protecção da Saúde Pública», declarou a ministra da Saúde na tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Nacional das Farmácias (ANF). «Contamos com os farmacêuticos para a dispensa de medicamentos, mas também para a prestação de serviços de saúde», esclareceu Marta Temido.
A presidente da ANF comprometeu-se com a implementação de serviços nas farmácias para melhorar a saúde dos portugueses e a eficiência do investimento em Saúde. «Esta crise pandémica deixou claro que todos somos necessários quando se trata de tornar os sistemas de saúde eficientes e sustentáveis. Os farmacêuticos e as farmácias têm um papel a desempenhar na Saúde Púbica, na educação para a saúde e na prevenção da doença, na preparação e resposta de emergência, na garantia de acesso aos medicamentos e na sua utilização responsável, assim como na melhoria da sensibilização para a vacinação», declarou Ema Paulino, que pediu à governante para olhar sempre para as farmácias «como parte da solução».
A farmacêutica, de 45 anos, aproveitou o discurso de tomada de posse para anunciar propostas para evitar urgências hospitalares desnecessárias, minimizar o impacto das rupturas de medicamentos e impedir a interrupção de terapêuticas. As farmácias estão prontas a garantir a dispensa na comunidade dos medicamentos hospitalares e o sucesso dos programas de vacinação e testagem à COVID-19. Ema Paulino esclareceu que os serviços farmacêuticos devem ser implementados «em colaboração» com os parceiros envolvidos, como os médicos, indústria farmacêutica e farmácias hospitalares.
«Temos as nossas propostas para garantir que o investimento que o país anualmente faz em medicamentos se traduza em ganhos em saúde. Mas estamos principalmente disponíveis para ouvir o que o Governo espera de nós», declarou Ema Paulino.