Desde que iniciou a profissão de atriz, aos 17 anos, Teresa Tavares tem trabalhado em televisão, teatro e cinema. Afirma-se incapaz de escolher um só meio, seria como «escolher entre o pai e a mãe». A rapidez e eficácia da televisão, o meio que mais a absorveu nos primeiros anos de carreira, ensinaram-lhe «muitíssimo». «Deu-me a capacidade de resolver situações no momento, aprendi a gerir as emoções e os meus próprios tempos», resume.
No cinema, Teresa participou em projetos como Fátima, de João Canijo; Star Crossed – Amor em Jogo, de Mark Heller; ou You Above All, de Lucas Elliot Eberl e Edgar Morais. Em junho estará de novo no grande ecrã, em Revolta, de Tiago R. Santos. No cinema, atrai-a «a aproximação ao mais íntimo das personagens», explica. «Uma câmara de cinema exige entrega e generosidade, sem barreiras. Há uma exposição, no sentido filosófico, da intimidade muito grande, não tens fuga».
Já o teatro é «o ginásio dos atores, onde vamos esticar os nossos limites». Teresa Tavares gosta do lado «profundamente ritual, de oficina», do maior tempo de preparação, das longas horas de ensaios, da presença do público. «É uma ferramenta importante para qualquer ator, de exploração, de voltar à base. O teatro é como voltar ao chão».