Há dez anos, Teresa Tavares fundou o Teatro do Vão, com Daniel Gorjão e Sara Garrinhas, uma associação cultural que ambiciona «dar expressão a novas linguagens artísticas e novos criadores». O projeto nasceu da necessidade de encontrar um espaço de criação e experimentação. Uma década depois, continua a não ter um espaço físico, mas já produziu dezenas de espetáculos, trabalha em coproduções com outros teatros, por vezes apoia artistas fora da estrutura.
Para a atriz, o Teatro do Vão materializa «a vontade de fazer coisas, de agir à nossa volta». A determinação é uma caraterística da personalidade de Teresa Tavares, para quem o importante é concretizar. «Começamos sem nada, a não ser uma ideia e é assim que começam as coisas. Depois, se acreditarmos e trabalharmos, os projetos crescem. Parece sempre impossível até estar feito».
Teresa Tavares estreou-se como atriz, aos 17 anos, na telenovela da TVI Jardins Proibidos, em 2000. No mesmo ano, apresentou-se numa peça da Inestética Companhia Teatral, de Alexandre Lyra Leite, onde frequentara aulas de teatro. Quando trocou a vila da Azambuja por Lisboa, estudou Ciências de Comunicação, na Universidade Nova, mas acabou por optar pela Escola Superior Teatro e Cinema de Lisboa.