Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
30 março 2023
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de André Oleirinha Vídeo de André Oleirinha

O santuário da monarquia

​​​​​O Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, protegido por reis, é local de peregrinação até hoje. 

Tags
​Há quem visite a Nazaré pelo surf, pelas praias ou por motivos religiosos. Na zona alta, chamada Sítio, com uma vista deslumbrante sobre o mar, o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré faz parte do roteiro do culto mariano. É visitado por peregrinos de vários países, que afluem em especial em setembro, para as festividades do Dia de Nossa Senhora da Nazaré, celebrado no dia 8. Há ainda quem percorra o Caminho da Nazaré, um roteiro pedestre que liga os dois santuários criados em honra da virgem Maria: Nazaré e Fátima. 

 «Este é o grande santuário mariano da monarquia portuguesa», explica ​Júlio Almeida, funcionário do santuário 

«Este é o Real Santuário de Santa Maria da Nazaré, o grande santuário mariano da monarquia portuguesa, visitado por quase todos os reis portugueses», explica Júlio Almeida, funcionário do santuário gerido pela Confraria de Nossa Senhora da Nazaré. No teto é visível a heráldica régia e, entre as oferendas reais, conta-se um calvário flamengo oferecido por D. Leonor, em 1520.

A estória que levou à criação deste santuário é mais antiga que a da nação. Tudo começou com uma imagem da virgem Maria que atravessou meio mundo, desde a Palestina até à Nazaré, onde terá chegado no século VIII, transportada pelo rei visigodo Rodrigo e pelo abade Frei Romano, onde permaneceu escondida numa gruta durante 400 anos, até ao milagre ocorrido em 1182. Conta a lenda que, numa manhã de nevoeiro, Nossa Senhora da Nazaré fez estacar o cavalo de D. Fuas Roupinho, à beira de um precipício, enquanto este perseguia um veado, salvando, por um triz, a vida do alcaide-mor do castelo de Porto de Mós. 


​Imagem de Nossa Senhora da Nazaré, que deu o nome à terra

Em agradecimento, o fidalgo mandou resgatar das rochas a imagem da virgem e erigir, em sua honra a Capela da Memória. A lenda tornou-se tão popular e atraiu tantos peregrinos à Nazaré que, no século XIV, o rei D. Fernando decidiu mandar construir ali um santuário, o que intensificou a peregrinação. Há registos que dão conta de 20 mil peregrinos no largo do Santuário de Nossa Senhora da Nazaré durante o período das festividades no século XVIII. Foi o auge da Nazaré como o centro do culto mariano em Portugal.

 
 ​


Notícias relacionadas