Tomás Appleton é um exemplo de liderança que une dois mundos aparentemente distintos: o râguebi e a medicina. Em ambos, a gestão de pessoas, o cuidado com os outros e a busca pela excelência são essenciais.
Na sua vida, o rigor da medicina cruza-se com a disciplina do râguebi. Os desafios humanos são semelhantes. No campo como no hospital, liderar não é apenas tomar decisões — é gerir pessoas, temperamentos, emoções e expectativas.
«Nem toda a gente reage da mesma forma ao stresse ou à frustração», partilha. «Há quem precise de incentivo e há quem funcione melhor com exigência». Esta empatia é, para Tomás, a base de qualquer liderança sólida. E talvez seja também o segredo para o equilíbrio entre a resiliência do atleta e a sensibilidade do médico.
A sua visão vai para lá do presente. Fala com orgulho de uma geração de ouro no râguebi português que, em 2023, despertou o país para um desporto de paixão, estratégia e entrega. Mas também olha para o futuro, onde o legado se mede tanto pela inspiração deixada nos outros, como pela presença no seio da família. «Mais do que títulos, quero que os meus filhos digam que tiveram um bom pai».
Para Tomás Appleton, o râguebi não é violento, é técnico, exigente e profundamente respeitador. E talvez o mesmo se possa dizer da medicina: uma prática intensa, onde o cuidado, a preparação e a inteligência emocional definem o verdadeiro impacto.
Entre linhas de ensaio e linhas de sutura, há uma mesma missão: dar o melhor de si, com entrega, propósito e humanidade. E esse, afinal, é o maior legado de um líder.