No dia-a-dia, a vida de Soraia Silva gira à volta do filho. De manhã a prioridade é limpar a sonda do Martim, fazer o cough-assist e dar-lhe de comer. E antes do almoço é tempo de passar na creche para repetir o processo.
A fisioterapia e a terapia da fala, com horários alternados entre as manhãs e o final do dia, são as componentes mais importantes para o desenvolvimento físico do Martim.
As sessões de fisioterapia são baseadas no método Padovan, que consiste num conjunto de actividades para estimulação do sistema nervoso central. E os resultados têm superado todas as expectativas. «Há dias, ele começou a caminhar agarrado a um carrinho», conta a mãe, «o que é muito bom, porque até agora só caminhava agarrado a nós».
As terapeutas, que acompanham o Martim desde o início, já são quase parte da família. Entre brincadeiras e conquistas, a mãe considera que estas sessões acabam por servir de terapia também para ela.
Soraia admite que, por vezes, a rotina pode tornar-se cansativa. «A semana acaba por ser sempre dividida entre terapias e trabalho», explica, «e é claro que precisamos de uma pausa». Nesses momentos, conta também com a ajuda da família, que, aos poucos, tem vindo a aprender a cuidar do Martim.
O resto do tempo, o Martim acompanha os pais para todo o lado. «Nunca deixamos de fazer nada só porque o nosso filho tem esta doença ou porque tem de comer por uma sonda», explica a mãe. E sublinha: «Nós tentámos adaptá-lo ao máximo às nossas rotinas. Não só nós às dele, mas ele às nossas».
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