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4 agosto 2018
Texto de Vera Pimenta Texto de Vera Pimenta Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

O fado de ser fadista

​​​​​​Gisela João tinha oito anos quando descobriu que o fado lhe corria nas veias.

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É a mais velha de sete irmãos. E, com a irmã Diana, era responsável por tomar conta dos mais pequeninos. Depois dos almoços, tinha um truque para manter os irmãos sossegados: sentava-os no sofá a ver desenhos animados e lavava o chão da sala. «Assim eles não podiam sair dali», conta, entre risos.

Aos oito anos, num dia como os outros, estava na cozinha a lavar a loiça. Na Rádio Local de Barcelos, Amália cantava “Que Deus me perdoe”. E, ao ouvi-la, Gisela sentiu que a música falava sobre si. 

Se a minha alma fechada se pudesse mostrar
O que eu sofro calada se pudesse contar 
Toda a gente veria quanto sou desgraçada
Quanto finjo alegrias, quanto choro a cantar

«Depois ela diz “Que Deus me perdoe, mas quando eu estou a cantar não há maldade no mundo”. E eu achei que era eu», recorda. Em criança também tinha as suas coisas de menina. Queria fazer birras, mas não podia, porque tinha de ser o exemplo para os irmãos. Quando cantava, gritava contra isso. E, como Amália, sentia que estava tudo bem.

A partir daí não parou de cantar. Ainda em Barcelos, participou num mini “Chuva de Estrelas” e começou a ficar conhecida pela sua voz. Cantou numa casa de fados situada na mesma cidade e, mais tarde, no Porto. O destino levou-a até Lisboa, onde conheceu o fadista Hélder Moutinho. Havia de ser ele a apresentá-la a Maria da Fé, no restaurante Sr. Vinho, onde encontrou trabalho e uma família. 

De Lisboa para o mundo foi um passo. Várias vezes pensou em desistir, mas a paixão pelo fado foi mais forte. «E, de repente, aconteceu isto tudo», confessa, bem-disposta.

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