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30 dezembro 2020
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de André Oleirinha Vídeo de André Oleirinha

O encanto das termas

​​​​​​​​​​Rodeadas de serra, as do Gerês são únicas no país para tratar problemas digestivos.

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O Hotel das Termas, de telhado preto e paredes amarelo ocre, impõe-se na vila. Antiga casa de uma família de hoteleiros é, há 20 anos, parte do património da empresa Águas do Gerês, concessionária das termas há mais de cem anos. No edifício em forma semicircular, onde se destaca a colunata, encontra-se a fonte de água termal. No cimo da porta lê-se: Aegri Surgunt Sani: os doentes saem sãos. 

A água termal do Gerês, que já era conhecida pelos romanos, nasce da falha geológica Gerês/Lobios (Espanha). «O que choveu há milhares de anos chega-nos agora com uma riqueza mineral enorme, quimicamente muito forte», explica Rosário van Zeller, a directora-geral da empresa Águas do Gerês. As termas chegaram a ser dirigidas por Ricardo Jorge, o conhecido epidemiologista que dá nome ao instituto de saúde em Lisboa e que por ali morou alguns anos. 

«Estas águas são únicas no nosso país, espectaculares para desintoxicações da parte digestiva», garante Rosário van Zeller. «Temos muitos clientes que fazem asneiras durante todo o ano e depois vêm aqui “lavar o casco”», diz com um sorriso. São sobretudo homens de negócios que aproveitam a época termal, entre 1 de Maio e 31 de Outubro, para compensar o estilo de vida recheado de «almoçaradas e jantaradas». 

Especialmente indicadas para o tratamento de doenças do fígado, vesícula, diabetes, obesidade e hipertensão, as águas do Gerês são também recomendadas para o reumatismo. 

A ingestão deve ser acompanhada por uma dieta específica e os clientes contam com apoio médico, nutricional e acompanhamento físico. O melhor local para o fazer exercício é o Parque das Termas, do outro lado da estrada. Atravessado pelo rio Gerês, o parque espalha-se ao longo de dois quilómetros de beleza natural, com árvores de grande porte, como sequóias, carvalhos, cedros e tílias. O “arquitecto” foi Tude de Sousa, o regente florestal que na primeira metade do século XX se ocupou da reflorestação do Parque Nacional da Peneda-Gerês. No Verão, o parque é um espaço de lazer, procurado por famílias que usufruem dos caminhos pedestres, do lago artificial e até das instalações de arborismo.

Rosário van Zeller gostava de criar no Parque das Termas uma piscina natural de água quente, ao ar livre. «Ainda é um sonho», admite. A ideia nasceu de um furo recente onde se encontrou água a 50ºC, com bastante caudal, que será usada nas termas, em aquecimento geotérmico e, mais tarde, talvez numa piscina de água quente. «Queremos transformar as termas numa estância de energia verde, zero carbono», explica, orgulhosa.

Para conhecer mais desta história, peça a #RevistaSaúda deste mês na sua farmácia.​​​

 

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