«Uma zona do país que fique sem farmácias seria o abandono total das pessoas», admite o jornalista e escritor Luís Pedro Nunes, no novo episódio do podcast “Fora da Cápsula”, no âmbito dos 50 anos da ANF, em parceria com o Expresso.
O convidado reconhece às farmácias comunitárias «um papel importante» na jornada de saúde das pessoas e das comunidades, assente numa relação de «cuidado», de proximidade e de confiança. «Sinto-me bem ao ir à minha farmácia. (…) O farmacêutico é o profissional em quem as pessoas depositam mais confiança», diz.
Além disso, existe um outro aspeto fundamental, que «distingue as farmácias». «As pessoas cumprimentam-se na farmácia. Há poucos sítios onde as pessoas chegam e ainda se cumprimentam e, nas farmácias, ainda se “diz bom dia”», aponta Luís Pedro Nunes.
Para o jornalista e escritor, as farmácias «adaptaram-se bem» à realidade cada vez mais tecnológica. «O digital não veio nem substituir nem tornar a relação menos próxima. Muito pelo contrário, é outra forma de aproximar. Temos de aproveitar esta era de transformação digital para fazer com que haja uma extensão dos cuidados que são prestados na farmácia, além das suas instalações físicas», confirma a presidente da ANF.
Ema Paulino considera ainda que as diferentes gerações e nacionalidades que diariamente procuram as farmácias comunitárias em todo o país proporcionam «diversidade» na forma como os farmacêuticos abordam as pessoas. «É claro que, muitas vezes, temos de adaptar os cuidados que são prestados. (…) Todos queremos viver mais anos, com mais qualidade de vida e é isso que nas farmácias temos de disponibilizar», afirma.
O episódio, moderado por Renato Duarte, foca ainda a diversificação de serviços prestados nas farmácias. «Sou sempre dos primeiros da lista da vacina contra a gripe. Sou completamente pró-vacinas», admite Luís Pedro Nunes.
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