Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
30 novembro 2022
Texto de Joana Afonso (médica de Medicina Geral e Familiar) Texto de Joana Afonso (médica de Medicina Geral e Familiar)

Não se deixe apanhar pelo frio

​​​​​​​​​Guia básico de resistência contra gripes e constipações.​

Tags
Com a chegada do outono e do inverno, e das consequentes oscilações de temperatura, surge também o aumento do número de infeções respiratórias, como gripes e constipações.

A gripe resulta da infeção pelo vírus Influenza, e afeta o nariz, os seios perinasais, a garganta, os pulmões e os ouvidos, podendo levar ao aparecimento de febre alta, dores musculares e das articulações, bem como à perda de apetite. A constipação é provocada por vírus menos agressivos (os rhinovírus), que causam sintomas mais leves, como congestão e corrimento nasal, comichão e vermelhidão do nariz, espirros, diminuição do olfato e paladar, dor de cabeça e febre baixa.

VACINE-SE
A vacinação contra a gripe é a principal medida de prevenção e controlo da doença. Saiba se integra um grupo de risco ou se tem direito à vacinação gratuita através do Serviço Nacional de Saúde. A vacina está fortemente recomendada para todas as pessoas com 50 ou mais anos, para aquelas que apresentem doenças crónicas ou sejam imunodeprimidas (desde que tenham idade superior a seis meses), que estejam grávidas, sejam profissionais de saúde ou prestadoras de cuidados.

Importa esclarecer que a vacina contra a gripe não contém o vírus, pelo que, apesar de poder levar ao aparecimento de sintomas ligeiros como reação à sua toma, não provoca a doença. 

Uma vez que o vírus Influenza muda constantemente, a vacina não consegue proteger a longo prazo, daí a necessidade de ser diferente a cada ano. Também não impede as pessoas de poderem contrair outras infeções respiratórias para as quais não há vacina.

RESPEITE A ETIQUETA RESPIRATÓRIA
De forma a diminuir o contágio, evite o contacto com pessoas infetadas. Poderá optar pelo uso de máscara, se estiver com alguém constipado ou engripado. E, se ficar doente, poderá usar a máscara para proteger os que estiverem em contacto consigo.

Mantenha a etiqueta respiratória difundida aquando da pandemia de COVID-19: cubra a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, com o braço ou antebraço, na ausência de um lenço (evite usar a mão).

Lave as mãos com regularidade, uma vez que estas podem ser um veículo de contacto com os vírus. Sendo a boca e os olhos as principais entradas, é importante manter a correta higiene das mãos, lavando-as com água e sabão durante cerca de 20 segundos, fundamentalmente antes das refeições e após idas à casa de banho. Se não tiver acesso a água e sabão, use toalhetes ou álcool gel.

ADAPTE-SE AO AMBIENTE
Pratique exercício físico de forma regular, o que ajuda a reforçar o seu sistema imunitário, aumentando as defesas do corpo contra as infeções. 

Opte por uma alimentação variada e equilibrada.  Privilegie alimentos ricos em vitamina C, como frutos cítricos (laranja, toranja, clementina e limão), kiwi, papaia, morangos, salsa, coentros, couve, espinafres, pimentos e castanhas. Para que não percam as suas propriedades, se possível consuma estes alimentos crus, a fruta logo que cortada e os sumos acabados de fazer, uma vez que a exposição ao ar e à luz podem levar a perdas significativas de vitamina C. Evite o consumo de alimentos ou bebidas ricas em açúcar, que prejudicam o bom funcionamento das células do sistema imunitário. 

Adapte o vestuário à temperatura ambiente em que se encontrar. Em caso de frio mais severo, use cachecóis, gorros e luvas, para evitar perdas de calor.

Deite-se mais cedo e durma mais, ou pelo menos tente descansar, quando os dias estão mais frios.

Faça frente às gripes e constipações. Não se deixe apanhar pelo frio.

(NOTA: texto atualizado em janeiro de 2024)
Notícias relacionadas