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28 fevereiro 2020

Mamã em paz, bebé feliz

​​​​​​​​​​O farmacêutico Pedro Ferreira e o médico Almeida Nunes​​ deixam conselhos a futuras mães, n' “​​O Programa da Cristina".

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​As mulheres grávidas, ou mães recentes, podem ter dúvidas sobre se precisam de consulta. E a farmácia pode ser uma ajuda essencial, não é Pedro?

Farmacêutico: Sim. A maternidade traz muitas alegrias, mas muita ansiedade à mistura. Ter alguém à porta de casa tranquiliza bastante. Muitas vezes o farmacêutico não faz mais do que ouvir.

As grávidas de primeira vez ficam ansiosas com tudo. 

Médico: Claro, com razão. Esta área não é muito a minha praia, mas entendo que a farmácia e os seus profissionais são para o grande público as pessoas mais habilitadas para acompanhar a mulher durante a gravidez e no pósparto. Até em comparação com outros espaços de saúde. 

Há sempre muitas dúvidas em relação aos medicamentos. 

Médico: Nada substitui o obstetra ou o pediatra mas a verdade é que há uma quantidade de dúvidas para as quais o farmacêutico está habilitado. Muito mais, e repito isto, do que outros espaços de saúde que têm iniciativas, mas muitas nem sequer são presenciais e isso torna tudo mais complicado. 

Por exemplo, uma grávida com gripe ou dor de dentes pode tomar alguma coisa? 

Médico: Pode tomar paracetamol. 

Farmacêutico: A farmácia só aconselha o medicamento quando é mesmo necessário, e isso é uma boa prática. Se a grávida tem o nariz entupido, dormir com a cabeça elevada ou fazer uma higiene nasal cuidada, pode não precisar de recorrer ao medicamento. São conselhos que ajudam, sobretudo, a diminuir a ansiedade da mãe de primeira viagem. 

As primeiras febres de um bebé são muito aflitivas. Logo aos primeiros 38 graus a mãe já está a desesperar. 

Farmacêutico: Sobretudo no período do pós-parto, em que a mãe dorme pouco e tem alterações hormonais importantes. É óbvio que a racionalidade fica um bocadinho à parte em face de toda a emoção de ser mãe, ter um bebé ao cuidado, completamente dependente. O mais importante é haver um trabalho de equipa dos profissionais de saúde. A questão é que o farmacêutico está a cinco minutos de casa, não é preciso marcar e está disponível para uma conversa. É a parte bonita de se ser farmacêutico: às vezes basta uma palavra para se fazer a diferença.

Os cuidados de higiene, por exemplo. A médica pode ter aconselhado um creme e o bebé não se adaptar, aparece ali com uma manchita ou outra. Basta ir ao farmacêutico dizer "Olhe, este se calhar não é o ideal, qual posso experimentar?”. 

Farmacêutico: Quantas e quantas vezes. A pele do bebé muda, acompanhando o crescimento rápido dos primeiros meses de vida. O aleitamento materno é outra questão muitíssimo importante.

A subida do leite é muito dolorosa para muitas mulheres, não é? 

Farmacêutico: Tenho muitas vezes atendimentos nocturnos na farmácia a pedir bombas para tirar o leite por ter havido uma subida repentina. É preciso fazer este acompanhamento constante, consistente, próximo. 

Os farmacêuticos são o livro de respostas. A grávida pergunta e vocês estão ali à porta de casa. 

Médico: É uma coisa curiosa, que verifico por mim. Sempre que entro na farmácia o ambiente que se vive é simpático. Os utentes, como vocês chamam, e bem, são atendidos com tempo e acarinhados.

Farmacêutico: Quando a pergunta não for para o farmacêutico, encaminhamos para os médicos ou enfermeiros. 

Médico: De uma maneira geral fazem isso. 

Farmacêutico: Faz parte da profissão e da boa prática.
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