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30 setembro 2019
Texto de Mário Beja Santos (Técnico de Defesa do Consumidor) Texto de Mário Beja Santos (Técnico de Defesa do Consumidor)

Infecções vaginais: uma questão de flora

​​​Conheça os sintomas para poder agir. 

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A mucosa vaginal, à semelhança de outras mucosas do organismo, possui um sistema de defesa natural que a protege da ocorrência de infecções. É um sistema que depende, em grande medida, da presença natural de um conjunto de microrganismos – a​ chamada flora vaginal. 

O equilíbrio da flora vaginal pode ser afectado, entre outros aspectos, por cuidados excessivos ou deficientes de higiene: lavagens demasiado frequentes ou o uso de produtos desadequados.

Os sintomas de algumas das infecções mais comuns são, por exemplo, o corrimento, o prurido (comichão), a irritação, dor ao urinar ou durante as relações sexuais.

A suspeita da existência de uma infecção obriga a uma consulta médica para diagnóstico e estabelecimento de um tratamento apropriado a cada tipo de infecção. 

No que diz respeito à candidíase, infecção provocada por um fungo e relativamente frequente, é hoje aceitável que o tratamento de infecções repetidas, com um diagnóstico médico prévio, se faça com recurso a medicamentos não sujeitos a receita médica. 

A predisposição para a candidíase pode estar relacionada com o uso frequente de antibióticos e em situações como gravidez, sistema imunitário comprometido e diabetes. Compete ao médico fazer o diagnóstico e estabelecer o tratamento adequado.

Qualquer que seja a infecção, impõe-se que a terapêutica instituída se realize integralmente. É normal, em tratamentos de vários dias, que os sintomas desapareçam logo de início, o que não significa que a infecção esteja curada. Ou seja, a terapêutica deve ser cumprida até ao fim. 

O tratamento por via vaginal pode ser feito com creme vaginal, óvulos ou comprimidos vaginais. A aplicação deste tipo de medicamentos requer algumas regras simples mas indispensáveis, pelo que deve pedir ao farmacêutico explicações sobre a melhor forma de o fazer.

Deve usar e abusar do aconselhamento farmacêutico, e não esqueça que nem todas as infecções vaginais podem ser tratadas em automedicação. Peça informações ao seu farmacêutico relativamente aos cuidados a ter com a aplicação vaginal dos medicamentos. Lembre-se de que a prevenção das infecções pode passar por cuidados de higiene. E igualmente que algumas infecções vaginais obrigam ao tratamento do parceiro sexual, porque são transmitidas sexualmente. Informe-se junto do seu farmacêutico ou do seu médico.​
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