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6 junho 2019
Texto de Mário Beja Santos  (Técnico de Defesa do Consumidor) Texto de Mário Beja Santos  (Técnico de Defesa do Consumidor)

Dismenorreia: uma dor no feminino

​As questões podem ser muitas. A farmácia pode ajudar nas soluções.​

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​​​​​​É provável que muitas mulheres não estejam familiarizadas o termo “dismenorreia”. Os seus sintomas, contudo, são bem conhecidos: as dores abdominais que antecedem ou coincidem com o início de cada período menstrual. Umas vezes são desconfortáveis e passageiras, mas há casos em que são tão intensas, que interferem no dia-a-dia de quem as tem. 

Há vários tipos de dismenorreia. Quando a dor se deve a uma doença no aparelho reprodutor como, por exemplo, a endometriose (crescimento do tecido uterino fora do útero), os miomas (tumores benignos do útero) ou infecções, diz-se dismenorreia secundária. Mas os casos mais comuns dão pelo nome de dismenorreia primária, podendo afectar qualquer mulher. Não se conhecem as suas causas exactas, mas tudo indica que se devem a flutuações hormonais, relacionadas com a libertação de prostaglandinas (substâncias semelhantes a hormonas). Provocam contracções que são sentidas como dor na região inferior do abdómen. Se a mulher usa um dispositivo intrauterino é também provável que as dores sejam mais intensas. 

As dores menstruais tendem a diminuir de intensidade com a idade e depois de uma gravidez. Até lá, é possível aliviar o desconforto com alguns gestos de autocuidado e/ou medicamentos.

A escolha do medicamento mais indicado pode ser relativamente simples. Baseia-se na intensidade dos sintomas e depende dos resultados obtidos anteriormente, com outros medicamentos. Adjuvantes do tratamento são a prática de actividade física regular e relaxamento. 

Os grupos de medicamentos mais indicados para o alívio da dismenorreia são os anti-inflamatórios não esteroides, capítulo onde deverá contar com o apoio da sua farmácia. Existem vários medicamentos eficazes no alívio da dor que podem ser adquiridos sem receita médica e seguramente que o farmacêutico fará uma avaliação do seu quadro de saúde, de outros medicamentos que esteja a tomar, do histórico das suas dores e da resposta obtida com eventuais tratamentos. É bem provável que conversem sobre contraceptivos orais, pois estes também podem ajudar a aliviar os sintomas, e nas mulheres sexualmente activas que não pretendam engravidar, o médico pode considerar adequado prescrevê-los. O farmacêutico é o profissional indicado para partilhar consigo informação sobre a regularidade da toma, eventuais efeitos secundários que possam surgir e as interacções com outros medicamentos que ponham em causa o efeito da prevenção de uma gravidez.

Nunca é demais dizer: use e abuse do aconselhamento farmacêutico!
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