Bernardino Soares assume-se como feminista no sentido de promover a igualdade de direitos entre mulheres e homens, que ainda hoje continuam a ser negados. Mas não está do lado dos que defendem a imposição do sistema de quotas, porque isso desvirtua o reconhecimento pelo mérito.
Na Câmara que dirige, tem orgulho em dizer que «a maior parte das dirigentes são mulheres. Chefes de Divisão, directoras de Departamento», mas são-no por mérito. Não deixa de compreender a defesa das quotas que, em muitos casos, são a única forma de forçar o «abrir de portas» mas defende que o mais importante para se atingir o objectivo é dar condições às mulheres de poderem assumir todas as responsabilidades tal como os homens e é isso que tem falhado na sociedade portuguesa.