«O concelho de Loures tem 6,2 quilómetros de Tejo, que está completamente fora do acesso da população, porque há unidades industriais e sobretudo logísticas, de contentorização, que impedem esse acesso», diz Bernardino Soares. Por isso, a Câmara tem desenvolvido um projecto para construir uma estrutura palafítica em toda a zona marginal do Tejo. A opção por uma estrutura palafítica é garantir condições de protecção ambiental, evitando implantar estruturas de betão. Quando estiver concluído, o objectivo é haver um percurso ciclável de Vila Franca de Xira até ao Guincho.
Outro projecto acarinhado por Bernardino Soares é o Parque da várzea e costeiras de Loures (ou “lezíria de Loures”), ecossistema de «grande riqueza natural». Este território tem uma vertente fundamentalmente agrícola, mas constitui um conjunto «interessantíssimo a nível fluvial, lagunar e também das espécies que ali nidificam, no caso das aves, ou até habitam», explica o presidente da Câmara. Um dos exemplos dados é o de uma espécie autóctone de peixe, a boga (chamada de “boga de Lisboa”), em que uma das lagoas da Várzea é um dos últimos sítios onde ela existe actualmente. «É um ecossistema que queremos que se mantenha predominantemente agrícola, não é para construir quaisquer infra-estruturas. Estamos a melhorar as acessibilidades, os caminhos. Vamos procurar implantar pontos de descanso, de observação de aves, para procurar que essa seja também uma zona altamente valorizada pela população», afirma.