Tanto a banca comercial como a Finanfarma, instituição financeira especializada na gestão e cobrança de créditos no sector da Saúde, estão disponíveis para dar crédito às farmácias.
Conhecer as perspectivas dos principais financiadores das farmácias face à evolução dos últimos anos, num contexto em que um quinto das farmácias enfrentava processos de insolvência no final de 2017, foi o objectivo da sessão paralela “Financiamento da Farmácia”, esta tarde, no 13.º Congresso das Farmácias, em Lisboa.
A diferença está na especialização, assinalou Tiago Sopas, da Finanfarma. «Temos uma atitude de cooperação com a banca», disse, explicando que esta instituição é «um parceiro de referência do sector, porque conhece os sinais vitais de cada farmácia».
Na verdade, este banco especialista em farmácias «destila o risco» de investimento num projecto junto da banca comercial. A Finanfarma «dedica muito tempo a trabalhar o financiamento das farmácias em parceria com os distribuidores, os grossistas e a banca».
Além de todos os factores de risco em causa no momento de investir num projecto, a banca analisa a credibilidade do interlocutor, explicou Rui Fontes, do Novo Banco. «É importante o projecto em si e quem fala connosco – se tem ou não experiência na área, se está a investir capitais próprios, o que significa que acredita naquele projecto», concretizou.
Diogo Gouveia, da ADIFA, que congrega seis empresas de distribuição e grossistas, defendeu que «um distribuidor é apenas um fornecedor» com uma relação próxima e cooperante com as farmácias. A relação de parceria deve permanecer a esse nível. Um distribuidor tem deveres com outros elementos da cadeia de valor do medicamento, concluiu.