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31 janeiro 2020
Texto de José Henriques (farmacêutico) Texto de José Henriques (farmacêutico)

Farmácia do coração

​​​​​Uma alimentação saudável pode ser insuficiente para prevenir problemas cardíacos.​

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A partir dos 50 anos de idade, a alimentação e os hábitos de vida saudável podem ser insuficientes para o organismo absorver nutrientes de que necessita. No que ao coração diz respeito, há suplementos alimentares a considerar:

  • Coenzima Q10. Produzida pelo organismo até aos 30 anos, é um antioxidante que previne e diminui o envelhecimento celular e o aparecimento de doenças degenerativas. Melhora a função cardiovascular e estimula o sistema imunitário. Também conhecida por ubiquinona ou ubidecarenona, é uma molécula que se encontra em quantidades elevadas nas células do coração, fígado, rins e pâncreas. A produção da coenzima Q10 diminui com a idade: até aos 30 anos é libertada em quantidades elevadas. Depois disso, a produção cai e só é compensada com a ingestão de alimentos que apresentam a molécula, como é o caso da carne, do peixe e dos óleos vegetais. Quando a alimentação não é suficiente ou a deficiência da coenzima Q10 é causa de outra doença, pode ser receitada a toma de suplementos que apresentam a coenzima Q10 na sua constituição. Pode ainda ser aplicada na pele, através de produtos cosméticos. A absorção pelas camadas mais superficiais ajuda a retardar o envelhecimento cutâneo.

  • Ómega-3. Reduz o risco de doenças cardíacas por prevenção dos factores de risco associados: hipertensão arterial, valores de triglicéridos e melhoria do sistema venoso (veias). Estas gorduras polinsaturadas têm uma acção anti-inflamatória e são benéficas na prevenção da diabetes, de doenças neurodegenerativas e células tumorais. Devem ser consumidas diariamente, através de sementes (linhaça, chia) e óleos (óleo de linhaça), alguns frutos oleaginosos (nozes), peixes gordos (sardinha, cavala, sarda, atum, arenque, salmão) e óleos de peixe. Em muitos casos, o consumo de ómega-3 na alimentação não é suficiente, pelo que se torna importante a toma deste suplemento.

  • Alho. As propriedades terapêuticas deste alimento permitem a redução de episódios como o enfarte agudo do miocárdio. O uso elevado de alho em países latinos, como Portugal, Espanha e Itália, está relacionado com a menor incidência de doenças coronárias e cardíacas das populações. Estudos mais recentes mostram também que o alho tem influência na redução dos níveis de colesterol no sangue e da aterosclerose. Apesar das vantagens conhecidas, o alho pode estar contra-indicado em algumas situações, pelo que deve informar-se junto do seu médico de família.​


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