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2 junho 2022
Texto de Vera Pimenta Texto de Vera Pimenta Fotografia de Ricardo Castelo Fotografia de Ricardo Castelo Vídeo de Nuno Santos Vídeo de Nuno Santos

«Falem com alguém que tenha a doença»

​​​​​​​Através da APDI, Ana teve oportunidade de se rever nas histórias de outros doentes.​

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​Diagnosticada com pancolite ulcerosa em 2011, foi num acampamento organizado pela Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino, alguns anos depois, que Ana conseguiu, pela primeira vez, aceitar que a doença «não é uma sentença».

Ana recorda-se que, na altura, estava a sair de um internamento devido a uma crise provocada pela doença e teve receio de aceitar o convite. «Mas a própria médica disse que ia fazer-me bem e para não me preocupar, porque iam estar lá médicos, psicólogos e enfermeiros a tempo inteiro».

Quando chegou a Lisboa, acompanhada pelo marido, Ana teve oportunidade de se rever nas histórias de outros doentes portadores de doenças inflamatórias do intestino, alguns a conviver com a patologia desde tenra idade.​

 

​O medo dos efeitos secundários do medicamento biológico com que, nessa fase, estava a ser tratada, foi um dos primeiros a dissipar-se: «Foi interessante ouvir pessoas que já tomavam o biológico há mais de dez anos e faziam uma vida normal», comenta. «E outras que vivem com a doença desde sempre, nunca conheceram outra realidade».

A experiência foi essencial para ajudar também a família a lidar com a doença. «Foi muito importante para o meu marido perceber de que forma me podia apoiar», explica. «Em casa, o discurso dos meus pais passou de “não estás a conseguir comer nada” para “já conseguiste comer isso”».

Hoje, Ana não tem dúvidas da importância do trabalho da APDI no seu processo de aceitação e aprendizagem. Por isso,​ deixa um conselho: «Falem com alguém que tenha a doença, porque só eles entendem».
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