Ter colite ulcerosa é passar a vida na casa de banho. Os desarranjos intestinais fazem parte do dia-a-dia. O cansaço é extremo.
Vera Gomes conta as dificuldades da doença na intimidade do casal: «Não é fácil encontrar alguém que viva connosco e perceba. Há pessoas que têm medo e fogem». No caso de Vera, o namorado ficou, «apesar de eu lhe ter dito muitas vezes “Tu não tens de ficar. Tu não mereces isto”».
A consultora em assuntos espaciais conheceu o namorado quando foi trabalhar para Bruxelas e reconhece ser muito difícil aceitar o peso que a doença tem na vida dos outros. No relacionamento íntimo, o desafio é grande. «É preciso muita imaginação. Por incrível que pareça, estas doenças também têm um impacto muito grande a nível sexual. O meu corpo mudou depois da última crise. E uma relação sexual hoje não é o mesmo que há três anos», explica. A doença exige uma adaptação grande da parte de Vera e do parceiro. «Temos de ser criativos», revela.
A chave está na comunicação. Há expectativas e desejos que se conseguem cumprir, se cada um falar abertamente. Vera Gomes sente-se privilegiada porque conhece muitos doentes que ficaram sozinhos. Os companheiros não aguentaram a pressão.
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