Por momentos, feche os olhos e imagine a sensação de mergulhar numa água milenar com séculos de história, de propriedades anti-inflamatórias e relaxantes. Parece um sonho, mas no coração de Trás-os-Montes pode tornar-se realidade.
Não foi por acaso que os romanos chamaram Aquae Flaviae a Chaves. A água termal, que brota do chão a 76 graus, provou desde cedo ajudar a curar rapidamente as mazelas das batalhas e caminhadas. Desses tempos sobram alguns vestígios. Um deles encontrado há bem pouco, para surpresa dos flavienses.
«A Câmara Municipal tentou fazer um parque subterrâneo para automóveis e quando começou as escavações deparou-se com uma coisa do outro mundo: umas termas romanas, tal e qual estavam há 2.000 anos», conta o farmacêutico Afonso Castro. Ao fazer a limpeza, a água das termas começou a circular como se o tempo tivesse voltado atrás.
O balneário termal, único na Europa, será em breve inaugurado enquanto Museu das Termas Romanas, enaltecendo a história termal da região.
Hoje em dia, as batalhas são outras, mas a água flaviense continua a ser a mais pura de Portugal.
«Chaves faz parte da falha geológica de 5.000 quilómetros que atravessa o Norte e o Centro do país» – explica Fátima Pinto, administradora das Termas de Chaves. «Nesta região, a ascensão é muito rápida, permitindo manter a temperatura da água», conta. É por isso que, entre as águas bicarbonatadas sódicas, a flaviense é a mais quente da Europa.
Nas Termas de Chaves, os aquistas encontram alívio para patologias degenerativas e inflamatórias, nomeadamente doenças dos foros digestivo e respiratório. No caso das doenças respiratórias, Fátima Pinto garante que, quando os tratamentos são feitos em idades precoces, podem mesmo curar.
A água termal está disponível para fins medicinais, mas também relaxantes. E promete trazer refúgio contra o stress do dia-a-dia.
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