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6 setembro 2021
Texto de Carlos Enes Texto de Carlos Enes Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

A rede da liberdade

​​​​​Farmácias chamadas a testar para reabrir a economia.

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O Conselho de Ministros decidiu chamar as farmácias a participar no esforço nacional de testagem à COVID-19. No início de Julho, entrou em vigor um regime excepcional de comparticipação que garante quatro testes gratuitos por mês a cada cidadão. Este direito só não se aplica a menores de 12 anos, a pessoas com vacinação completa há mais de 14 dias ou que tenham recuperado de uma infecção por SARS-CoV-2 há menos de seis meses.


Matias, 8 anos, faz o seu teste na Farmácia Branco, de Algés

Nos primeiros sete meses do ano, as farmácias fizeram 960.155 testes profissionais de antigénio. Já há mais de 1.000 farmácias a realizar testes em Portugal. Até ao final de Julho, 474 farmácias de todo o território tinham aderido à convenção com o Serviço Nacional de Saúde, tendo realizado 115.189 testes comparticipados pelo Estado. O programa não arrancou logo nos primeiros dias, por dificuldades técnicas e exigências regulamentares, pelo que este resultado corresponde, sensivelmente, a três semanas de actividade.


A Farmácia de Marvila é uma das 125 a fazer testes em Lisboa

Há 250 farmácias aderentes a programas locais de testagem, que se encontram em vigor na sua área geográfica. Os governos regionais dos Açores e da Madeira também lançaram programas de comparticipação para oferecer testagem gratuita nas farmácias, assim como os municípios de Lisboa, Oeiras, Amadora, Odivelas, Lagoa e Portimão. Estes programas são responsáveis por quase metade dos testes realizados nas farmácias: 431.927, em quatro meses. 


Augusta Ferreira, 69 anos, na Farmácia Nova, Olival Basto

Lisboa foi pioneira na comparticipação do novo serviço farmacêutico. «As farmácias são um parceiro essencial no combate à pandemia», justificou o presidente da Câmara, Fernando Medina, no arranque do programa alfacinha, a 31 de Março. Lisboa continua a ser a capital da testagem, oferecendo a cobertura mais abrangente: qualquer cidadão pode fazer um teste por dia. 

Governantes e autarcas justificam o recurso às farmácias com a necessidade de reabrir a economia em segurança. «Queremos que as pessoas sejam financeiramente mais apoiadas, como mecanismo de circulação mais segura e de controlo precoce da transmissão da doença», declarou a ministra da Saúde, Marta Temido. «Só conhecendo a realidade podemos actuar com segurança e tomar medidas acertadas», justificou o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, no lançamento do programa regional, em 23 de Abril. «O objectivo político desta iniciativa é combater a ansiedade das pessoas. Queremos criar condições de máximo conforto, para que se sintam mais seguras e tranquilas», afirmou Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras. «O processo de testagem em massa é fundamental para prevenir a propagação do vírus», disse Hugo Martins, autarca de Odivelas. A Câmara Municipal de Lagoa visa contribuir «para o aumento da confiança entre a população», expôs o seu presidente, Luís Encarnação. «Mais do que sentirmos que estamos uns a pagar pelos outros, temos de sentir que nos estamos a proteger uns aos outros», considerou o secretário regional da Saúde, Clélio Meneses, no lançamento do programa dos Açores.

​MARCAÇÃO ONLINE

A partir de Agosto, é mais fácil aos cidadãos agendarem a realização de testes de antigénio numa farmácia da sua preferência. A Associação Nacional das Farmácias lançou um portal online que permite às farmácias divulgar os horários com o serviço disponível e aos cidadãos fazerem as suas escolhas. Esta ferramenta vai ainda facilitar a comunicação dos resultados.


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