Nunca planeou escrever, aconteceu. «Nunca na vida ousei sequer pensar nisso», confessa o músico Miguel Araújo, explicando que a escrita em prosa surgiu em resposta a vários convites.
Com dois livros de crónicas editados, o “Penas de Pato”, em 2018, e o “Seja o Que For”, em 2020, em que reúne as crónicas quinzenais publicadas pela Visão, Miguel Araújo adora a liberdade que a prosa permite. «É quase uma escrita automática, de não deixar nenhum entrave. É o que os dedos quiserem», conta, enquanto imita os dedos a teclar no computador. «Não escrevo com caneta (sorri), nem letras nem nada disso. Faço tudo no computador ou, pior ainda, no telemóvel. É uma faceta que eu não quero perder, gosto muito de deixar a coisa fluir, sem qualquer entrave. Para mim, a escrita em prosa é isso».