Custódia Gallego é filha de pai português e mãe espanhola. Viveu a infância e a juventude em Portalegre, no Alto Alentejo. Passava os meses de Verão com a abuela Dolores, o abuelo Manolo e a «titi Nana» (Fernanda), no calor de Oliva de la Frontera, na Estremadura espanhola. A experiência permitiu-lhe conviver com realidades muito diferentes.
No Alentejo, conheceu personalidades mais «taciturnas» e uma forma de vida «formal». Recorda a relação próxima com o avô e os rituais de Natal e da Páscoa, «beijinho aqui, beijinho acolá», junto da família que vivia toda na mesma rua. Sair à noite «nem pensar», se queria obedecer à mãe que, apesar de espanhola, se regia pelas regras portuguesas.
Das férias em Espanha lembra as brincadeiras infantis na rua, mal o calor amainava. «A partir das sete da noite, todos os miúdos saíam à rua para brincar. Esperávamos que os adultos bebessem as copas e comessem as tapas, e nós brincávamos, comíamos pastilhas e pipas e não sei que mais. Era tudo festa, vamos em frente e fé em Deus», conta Custódia Gallego, reconhecendo que aquele núcleo familiar lhe era muito querido.
Guarda na memória que «aquilo é que era vida, para mim». Hoje seria difícil optar por Espanha, pois é em Portugal que criou raízes. «No absoluto, se pudesse levar comigo as pessoas de que preciso mais, claro que sim, preferia estar em Espanha».
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