Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
6 julho 2018
Texto de Vera Pimenta Texto de Vera Pimenta Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

A importância da alimentação

​​​​​​Uma dieta equilibrada é um dos segredos para combater os sintomas da doença de Crohn. 

Tags
Quando foi diagnosticada, a triatleta Cláudia Pernencar viu-se obrigada a fazer várias mudanças no regime alimentar. «No início, quando a doença foi diagnosticada, e por desconhecimento também, eu não tinha a percepção de quais eram os alimentos que havia de ingerir», explica. Ao longo do tempo, a atleta passou por diversos períodos de experimentação, de modo a perceber qual era a reacção do organismo aos diferentes alimentos. «Nos primeiros cinco anos andei um bocadinho perdida», admite, acrescentando que o comportamento da doença de Crohn varia muito de doente para doente. 

A família teve um papel fundamental no processo de adaptação à doença. «Quando saí do hospital, lembro-me de ir a casa dos meus pais e eles comerem da mesma comida que eu», conta Cláudia. O que a deixou a pensar «Tens a família do teu lado, portanto também tens a responsabilidade de ultrapassar essas dificuldades». Esse apoio dos familiares e amigos estende-se a todas as áreas da sua vida. Quando viaja, quer em trabalho quer em férias, os fusos horários e a gastronomia podem ser grandes inimigos: «Tento sempre perceber qual é o tipo de alimentação e se há fusos horários, porque os fusos horários mexem muito com o meu organismo», esclarece. Por isso, mesmo em lazer, há que manter os cuidados. Mas, para Cláudia, isso já é uma rotina. «Toda a gente vai atrás» – garante, bem-disposta – «e isso faz toda a diferença».

Para a triatleta federada, a alimentação tem também importância ao nível do seu desempenho desportivo: «A minha alimentação influencia a forma como treino e rendo do ponto de vista físico, o que acaba por ser um mote para ter tudo minimamente controlado». As análises periódicas, idas ao médico e a toma correcta da medicação, em conjunto com uma dieta equilibrada, criam as condições ideais para que consiga praticar a modalidade. Em períodos de treino mais intenso, os cuidados são redobrados: «Em cima das provas, há determinados alimentos que não como, bebo bastante água, não bebo bebidas alcoólicas e tento descansar o máximo».

Com o acompanhamento de uma nutricionista, Cláudia aprendeu a adaptar-se à doença e a adoptar hábitos alimentares saudáveis. «Percebi que a alimentação influencia o nosso bem-estar», afirma. E garante: «Hoje faço isso normalmente e não tenho qualquer tipo de problema, antes pelo contrário. Chego aos 44 anos com uma vitalidade extraordinária», remata com um sorriso.

 
Notícias relacionadas