Ir a Vila Viçosa e não ver o edifício que acolhe a Fundação da Casa de Bragança é como ir a Roma e não ver o Papa.
O Terreiro do Paço, que deve o nome ao palácio é considerada uma das mais belas praças do país com a fachada renascentista em mármore da zona, e a Igreja dos Agostinhos. Foi residência da dinastia de Bragança.
O palácio, que atualmente acolhe a Fundação da Casa de Bragança, foi mandado construir pelo quarto duque de Bragança, D. Jaime, em 1501. E quando a dinastia brigantina iniciou o reinado, até ao exílio de D. Manuel II, foi uma das casas de férias dos monarcas.
O rei D. Carlos I foi um dos mais entusiastas frequentadores, vindo amiúde caçar para a zona. Por isso, nas várias salas estão expostas muitas pinturas do monarca, um pintor distinguido, incluindo o inacabado “Mexilhoeiro”. D. Carlos dormiu em Vila Viçosa a sua última noite, antes de ser assassinado, juntamente com o filho Luís Filipe, em Lisboa, a 1 de fevereiro de 1908.
A cozinha, com mais de 2. 500 quilos de tachos de cobre, fica na memória de todos os visitantes. A coleção de armas do palácio tem mais de duas mil armas, com peças do século XIV ao XX, entre as quais a pistola com que o príncipe herdeiro tentou defender-se no momento do regicídio.