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7 abril 2018
Texto de Sónia Balasteiro Texto de Sónia Balasteiro Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Vencer a morte

​​​​Quando Rui entrou em recuperação, as análises revelaram nova luta a travar: tinha contraído hepatite C ao usar drogas.

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​Um dos primeiros passos de Rui Cardoso quando entrou em recuperação, há 22 anos, foi fazer análises. Os testes revelaram o pior: «Apareceu hepatite C». A doença, uma inflamação do fígado provocada por um vírus que pode conduzir à cirrose, insuficiência hepática e cancro, foi consequência inequívoca dos seus consumos de droga.
 
Um ano após saber os resultados, o ex-toxicodependente iniciou o tratamento contra a hepatite, mas não demorou a desistir. «Na altura, o tratamento era uma coisa muito violenta. Tinha de dar uma injecção dia sim, dia não, não tinha maturidade para o fazer».
 
Em 2011, reiniciou o processo - e cumpriu-o até ao fim. Foi mais um inferno do qual regressou. «Emagreci imenso, fiquei com o cabelo liso.... Foi horrível para mim e para a minha família. Rui acabou por conseguir vencer o vírus após um ano de tratamento. «Lembro-me de os miúdos, passados três meses de ter acabado, terem dito: "Finalmente o pai está de volta"».
 
Actualmente, congratula-se o ex-toxicodependente, tratar a hepatite C é muito mais simples. São três meses sem injecções, quase sem efeitos secundários». 
E está feliz por ter sobrevivido a uma doença que poderia tê-lo matado sem saber sequer que estava infectado. «A hepatite é silenciosa. Uma pessoa não sabe, quando percebe já está numa fase final. Não dá dores, não tem efeitos visuais. Tive muita sorte. Muita sorte». 
 
 

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