No Fundão o Inverno é rigoroso. Nada que impeça Vera Antunes e Hugo Silva de se aventurarem por Alpedrinha e Castelo Novo, com o seu casario típico em granito. Além da viagem no tempo estar assegurada, ambos defendem que o ar puro ajuda a criar defesas no organismo de Rodrigo. E bons ares é coisa que não falta por estas bandas. «Quando o Hugo está de folga, costumamos sair em família a três ou a quatro», explica Vera enquanto subimos ao castelo da localidade homónima. Desta vez a Margarida ficou no infantário. Encontrar-nos-emos com ela mais tarde em casa. Radiante, comunica ter deitado fora a chupeta. Quanto ao Rodrigo, é uma simpatia e faz jus àquilo que os pais dizem sobre ele. «É muito bem-disposto». Ainda que nas últimas semanas se tenha apresentado com um choro novo. «Um choro que não é de fome, de sono ou de fralda suja, um choro que avisa que talvez esteja um dente para nascer», pressente Vera.
2018 está a ser um ano de grandes desafios para toda a família. Em breve realizar-se-á “uma troca de pastas”. Vera regressará à Universidade da Beira Interior, onde trabalha, e Hugo Silva ficará em casa a tempo inteiro. No congelador há provisões de leite para que nada falte ao bebé durante a ausência da mãe. Vera brinca: «O stock de leite deve esgotar-se no meu primeiro dia, porque quando o Rodrigo chora o Hugo diz sempre que é fome».
Subcomandante dos bombeiros do Fundão, Hugo Silva defende que a próxima etapa «vai correr às mil maravilhas». No entanto, avisa a navegação que não vai andar sempre com o bebé ao colo ou dar-lhe biberão em livre demanda. Até lá, Vera vai tentar descansar o mais possível porque as noites agitadas – ora acorda um, ora acorda outro – não são de fácil gestão. Nada que os impeça de ir um fim-de-semana destes agradecer a Nossa Senhora de Fátima a graça que lhes concedeu.
