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5 novembro 2017
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes

Uma família de bombeiros

​​A vida de Vera e Hugo mudou e não foi pouco.​

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​O nascimento de Rodrigo a 22 de Agosto trouxe à família novos sorrisos, mas também trabalho e cuidados a dobrar.

De dia e de noite, o casal tem-se multiplicado em esforços para que nada falte aos dois filhos. Entre dar de mamar, tratar da lida da casa e dedicar-se à filha, Vera Antunes não tem tido mãos a medir. «Não é fácil, sozinha com os dois… Eles são pequeninos e tanto um como o outro precisam de muita atenção», confidencia.

Com o país a ser novamente fustigado por incêndios, Hugo da Silva divide-se entre o trabalho no terreno e no quartel dos Bombeiros Voluntários do Fundão.

Em casa, entre fraldas e brinquedos, é Vera quem assume o comando. A preparação das refeições de Margarida e da família, os cuidados de higiene das duas crianças, são apenas algumas das tarefas diárias que a recém-mamã assume com perícia digna de ginasta. «Estar a tomar conta dos dois é, de repente, estar a lavar a loiça com o Rodrigo ao colo enquanto a Margarida está a puxar-me porque quer que eu vá para a sala ou quer a minha atenção. Ainda há dias estava na cozinha a passar três canecas por água, tinha o Rodrigo nos meus braços e a Margarida só falava pedindo que a ouvisse», conta.

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De dia e de noite, Vera é uma mãe empenhada na hora de cuidar dos dois filhos

As aventuras não se ficam, no entanto, por aqui. «Já aconteceu, por exemplo, ver-me na casa de banho com o Rodrigo ao colo e a Margarida sentada ali ao meu lado», confidencia entre risos.

Mas Vera não está sozinha nesta missão. Tem contado com uma ajudante muito especial e dedicada. Atenta a cada movimento desde que Rodrigo nasceu, Margarida, de dois anos e dez meses, tem-se revelado uma excelente colaboradora. É ela quem tem protagonizado actos dignos de condecoração, tais como ajudar a mãe a ter em mãos o que deixou… para trás. «Se lhe peço alguma coisa, ela vai buscar e dá-me. Por exemplo, se lhe disser: “Abre a caixinha azul e traz uma compressa à mãe”. Ela abre a caixa e dá-me o que preciso. Já consegue ajudar nesse sentido. Sou um pouco esquecida e, às vezes, tenho de andar a pedir coisas».

Mãe dedicada, Vera Antunes atira entre risos: «Já disse ao Hugo que, em último caso, ligo para o 112. Não para os bombeiros do Fundão virem cá a casa, mas para vir o pai! Poderia ser uma estratégia».​
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