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25 março 2021
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de André Oleirinha Vídeo de André Oleirinha

Um sonho chamado Operação Nariz Vermelho

Os Doutores Palhaços fazem, por ano, 53 mil visitas a crianças em 17 hospitais.

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A Operação Nariz Vermelho (ONV) nasceu graças à carolice de três voluntários: a brasileira Beatriz Quintella, o norte-americano Mark Mekelburg e a portuguesa Bárbara Ramos Dias. Quiseram trazer para Portugal a técnica de clown, que nasceu em França, nos anos 60, com a École Internationale de Théâtre Jacques Lecoq, o mímico parisiense que propunha como métodos de ensino o teatro físico, o movimento e a mímica. «Uma técnica que acentuava o corpo e levava o clown do circo, onde é mais conhecido, para o teatro», explica Andreas Piper, um dos 25 Doutores Palhaços, que aderiu à ONV logo em 2003, um ano após a criação. 

A profissão de Doutor Palhaço só nasce no início dos anos 90, mais uma vez em França e no Brasil. «Fazia todo o sentido levar os palhaços para dentro do hospital, onde falta a alegria», explica Andreas. O conceito espalhou-se rapidamente pelo mundo e hoje há países, como a Alemanha natal de Andreas, onde além de formação específica em clown é possível estudar para ser palhaço de hospital. Ser Doutor Palhaço implica dominar várias competências: «técnica sólida de actor, conhecer técnicas de palco, saber falar em público, noção do ritmo e saber usar o corpo, mais do que a fala, para contracenar e expressar-se».  ​

Há investigações que comprovam o impacto do trabalho conjunto dos Doutores Palhaços e das equipas hospitalares na saúde das crianças. Um estudo feito em parceria com a Universidade do Minho, em dez hospitais portugueses, mostrou que 86 por cento das crianças e adolescentes colaboram melhor com os tratamentos e exames, 84 por cento toleram melhor a dor e 93 por cento esquecem por alguns momentos que estão no hospital. Os resultados positivos fazem sentir-se também junto dos pais das crianças. «O nosso trabalho ajuda a criança a ter lembranças positivas do hospital, cria uma luz mais positiva», resume Andreas Piper.​

 

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