Mário Faria, que venceu um linfoma de Hodgkin, sempre foi um craque do futebol. Apenas deixou de jogar durante seis meses, enquanto recuperava da doença. E no IPO do Porto, onde fez os tratamentos de quimioterapia, encontrou outro craque que se transformou num amigo muito especial. Tinham o futebol e uma luta em comum: vencer o cancro.
Hoje, uma sombra ameaça-lhe o rosto ao recordar o amigo. «Num dos tratamentos, cruzei-me com um antigo colega de equipa da faculdade. Quando nos vimos, percebemos que ambos tínhamos um problema porque a nossa aparência muda, ficamos mais pálidos, o cabelo curtinho».
O amigo de Mário tinha uma doença mais grave e acabou por não resistir. «Mas durante os meses de tratamentos fomos um suporte muito importante um para o outro, partilhámos alegrias e tristezas…». Esse apoio, garante o jogador do Futebol Clube de Roriz, foi essencial.