José Rodrigues dos Santos estava a terminar o antigo 5.º ano do liceu (actual 9.º ano) quando fez os testes psicotécnicos para o ajudar a escolher a área de estudo a partir do ano seguinte. Na cabeça do rapaz de 15 anos, o futuro passava pelas artes, mas os testes apontaram noutras direcções.
O primeiro resultado foi Aquitectura, mas as dificuldades em Matemática – que atribui ao azar de ter tido maus professores – afastaram imediatamente a hipótese. Os testes sugeriam ainda uma carreira na Força Aérea e em Jornalismo.
Optou pela área de Humanísticas e, já a viver em Macau, envolveu-se num jornal da escola, onde deu nas vistas. «Um dia a Rádio Macau pediu ao professor um aluno para ser entrevistado e, como eu era o mais dinâmico no jornal, o professor indicou-me». Foi à Rádio Macau ser entrevistado por «uma jovem jornalista que lá estava: Judite de Sousa». Mais tarde, a Rádio pediu dois alunos para estágio, e José Rodrigues dos Santos foi um deles.
Começou aí a carreira, que ainda hoje se mantém, como a cara do “Telejornal” da RTP1. Entretanto, passou pela BBC, em Londres, e foi correspondente da CNN, até se fixar em Lisboa.