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23 outubro 2020
Texto de Maria Jorge Costa Texto de Maria Jorge Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

«A escrita foi um acidente»

​​​José Rodrigues dos Santos fala da importância da investigação histórica para escrever os seus livros.

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É um dos autores portugueses mais conhecidos, vende milhares de exemplares, mas começou a escrever por acaso. Após a apresentação da tese de doutoramento, no ano 2000, uma editora desafiou-o a escrever. José Rodrigues dos Santos não tinha usado na tese um capítulo sobre Timor e, com base na história real, criou uma ficção. O livro “A Ilha das Trevas” nem vendeu muito, mas deixou-o viciado na escrita de ficção. A partir desse momento, não parou mais.

Assenta os romances sempre na realidade, «porque percebi que conseguimos dizer melhor a verdade usando a ficção do que com o discurso não ficcional. O que é uma ironia, pois a ficção é uma mentira, é uma coisa supostamente inventada».

“O Mágico de Auschwitz” e “O Manuscrito de Birkenau” são os dois livros lançados recentemente. Neles, José Rodrigues do Santos decide contar uma história verdadeira de um judeu que esteve em Auschwitz e sobreviveu à custa da sua magia.

O escritor sublinha o trabalho de «investigação profunda» com que prepara cada romance e faz questão de pedir a revisão dos mesmos por parte de especialistas na matéria. «No caso de “O Mágico de Auschwitz”, houve um rabino, muito conhecedor das questões do holocausto, que fez a leitura prévia do livro, para se certificar de que estava tudo correcto do ponto de vista histórico».

 

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