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6 dezembro 2016
Texto de Carina Machado Texto de Carina Machado

«Tenho mesmo de tomar os medicamentos todos?»

​​​​​​​​​Perguntas de muitos portugueses ao balcão das farmácias tornaram óbvia a necessidade do Programa Abem.​

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As farmácias comunitárias inspiraram o nascimento do Programa Abem. Na génese do fundo solidário esteve a dificuldade de cada vez mais doentes em levantar integralmente as receitas médicas. As equipas das farmácias começaram a ser confrontadas com perguntas como «Destes medicamentos todos, qual é que não posso mesmo deixar de tomar?». Este drama desencadeou um alerta em rede, proveniente de farmácias de vários pontos do país. 

«O Abem traz tranquilidade ao sector», declara a directora-executiva da Associação  Dignitude, promotora do projecto. O programa assenta no princípio de solidariedade, em oposição directa ao conceito de caridade. «Queremos apoiar as pessoas que não conseguem ter acesso ao medicamento por questões económicas, mas queremos fazê-lo dando-lhes condições de total dignidade», afirma ainda Maria João Toscano. 

O objectivo é que quem passa por dificuldades económicas tenha acesso ao medicamento sem alterar rotinas, na farmácia que livremente escolha. Para isso, a chave é o cartão Abem. Este instrumento permitirá aos beneficiários receber uma discreta comparticipação extra em qualquer farmácia. 

A directora-executiva da Dignitude está convencida de que este é um projecto que diz muito às farmácias. «Elas podem não o saber, mas estão na génese da construção do Programa Abem. Foram elas que nos relataram muitas vezes a sua apreensão com as pessoas que, por não poderem adquirir os medicamentos, lhes pediam, ao balcão, para escolher da receita o mais importante; as pessoas que tomavam dia sim, dia não, para poupar; as pessoas que, tendo doenças crónicas, descontinuavam as terapêuticas. As farmácias foram, elas próprias, durante muito tempo, a​ grande base destes utentes. Individualmente, prestavam-lhes auxílio. E quando começaram elas a sentir dificuldades económicas, uma das suas preocupações foi o que seria daquelas pessoas». Para Maria João Toscano, o Abem traz às farmácias a tranquilidade de saber que essas pessoas podem agora aceder aos instrumentos de que necessitam para manter a sua saúde.​

Farmácias: adesão é progressiva
Só no próximo ano o Programa Abem será alargado a todo o território nacional. Por enquanto, as farmácias podem aderir ao Programa Abem apenas nas regiões onde estejam a decorrer projectos-piloto. «O avanço progressivo no terreno prende-se com a construção de uma rede de parcerias. As entidades que estão no terreno a fazer acção social são ​fundamentais para que o programa funcione», esclarece Maria João Toscano. São as IPSS, misericórdias, autarquias e juntas de freguesia que fazem o levantamento de necessidades, contactam e referenciam os cidadãos na perspectiva de passarem a beneficiários do Abem. Por isso, os protocolos assinados com a União das Misericórdias Portuguesas e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade vieram aumentar muito a força do projecto. A adesão é um processo simples. Depende da activação da farmácia no sistema e da sua contribuição própria para o fundo solidário. «Fazemos uma reunião de integração. Depois disso, as farmácias passam a poder fazer o atendimento aos beneficiários», explica Maria João Toscano.​​​​

www.dignitude.org
Para saber mais sobre a Associação Dignitude e como se tornar associado, entre em www.dignitude.org. O site foi lançado no início do mês de Setembro e pretende servir de cartão de apresentação a todos os que procuram conhecer melhor a Associação, assim como as causas que defende. Faça uma visita e deixe a sua opinião.

www.abem.pt
Fique a conhecer a missão do Programa Abem e o modo como se operacionaliza no terreno, em www.abem.pt, site que lhe permite também fazer o seu donativo para o fundo solidário.
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