Surpresa, orgulho, felicidade e reconhecimento foram algumas das palavras que surgiram na mente das vencedoras do Prémio João Cordeiro 2019, durante a cerimónia de entrega que decorreu no sábado, dia 19 de Outubro, em Lisboa.
«Foi uma grande surpresa, estamos muito orgulhosos. Quando concorremos, o nosso objectivo era implementar o projecto. Com este prémio, demos o primeiro passo nesse sentido», disse Sara Seabra dos Reis, professora do Instituto Superior de Engenharia do Porto e promotora do projecto MedLis, vencedor do Prémio João Cordeiro na categoria Inovação em Farmácia.
O projecto, que envolve quatro alunos do 1.º ano da licenciatura em Engenharia Biomédica, consiste na colocação de um
chip na caixa dos medicamentos, que contém todas as informações necessárias para a toma correcta da medicação, a definir pelo farmacêutico. O utilizador terá acesso a esta informação ao aproximar o seu telemóvel do respectivo
chip. Os medicamentos tornam-se, assim,
“falantes”.
Também a vencedora do prémio na categoria Comunicação Social se mostrou satisfeita pelo reconhecimento do trabalho feito.
«É uma honra», disse Paula Cristina Rebelo, jornalista da RTP, para quem as farmácias são «um elo fundamental na rede de Saúde Pública», não apenas pelo seu cariz inovador, mas também pelo seu lado humano.
«Muitas vezes, são o vizinho, o amigo, o conselheiro para quem não tem ninguém», sublinhou a jornalista, vencedora do prémio com a reportagem "Farmácias inovam para além da simples venda de medicamentos".
A
reportagem centra-se nos serviços que as farmácias prestam à comunidade, tendo como foco o combate a três problemas: resistência aos antibióticos, toma errada de medicamentos e obesidade infantil.
Por isso, o presidente do júri, Diogo de Lucena, não poupou elogios a nenhum dos trabalhos apresentados: «Este prémio é o reconhecimento da investigação na área da Saúde, fundamental no contexto actual e na nossa sociedade».