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4 abril 2024
Texto de Joana Afonso (médica de Medicina Geral e Familiar) Texto de Joana Afonso (médica de Medicina Geral e Familiar)

Sou jovem. Preciso de ir ao médico?

​​​​É comum pensar-se que só os extremos de idade necessitam de acompanhamento médico.​

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Um comportamento muito enraizado na população é o de que só as crianças precisam de ser vigiadas e os idosos precisam de ver controladas as suas doenças. No entanto, são cada vez mais frequentes os problemas de saúde que afetam os jovens e os adultos. Importa salientar que, mais do que acompanhamento médico apenas para remediar a situação quando uma doença já se instalou, é crucial atuar de forma preventiva, evitando o aparecimento de certas patologias.

É nestas idades que se formam hábitos para toda a vida, por isso é tão importante reduzir potenciais comportamentos de risco para a saúde e reforçar comportamentos saudáveis.

Nas consultas de Medicina Geral e Familiar, o médico acompanha o utente em todas as fases da sua vida. A abordagem clínica integra os vários sinais e sintomas, e o histórico de antecedentes patológicos familiares. São cada vez mais comuns os quadros de:

  • Excesso de peso e obesidade: frequentemente associados a uma alimentação desregrada e ao sedentarismo crescente. Há centros de saúde que integram uma carteira adicional com consultas especializadas em prescrição de atividade física, orientada para a promoção de um estilo de vida ativo de modo a controlar o peso e prevenir muitas doenças evitáveis;
  • Problemas de ossos, nomeadamente coluna: resultantes de má postura, excesso de peso e falta de reforço muscular, por ausência da prática de exercício físico regular;
  • Perturbação da saúde mental: episódios de descontrolo de ansiedade, sintomas de depressão, entre outros. De acordo com a avaliação médica, a pessoa pode ser referenciada a uma equipa de psicologia ou mesmo a consultas da especialidade de psiquiatria;
  • Alterações da visão que podem interferir com a qualidade de vida;
  • Dores de cabeça que podem estar relacionadas com stresse, falta de descanso, alterações da pressão arterial, entre muitas outras causas, a investigar pelo médico;
  • Doenças infecciosas, de que se destacam as sexualmente transmissíveis. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) oferece aos utentes em idade fértil consultas de planeamento familiar que procuram ajudar a viver a sexualidade de forma segura, nomeadamente através da distribuição gratuita de preservativos, além de outros métodos anticoncecionais;
  • Doenças oncológicas. O rastreio do cancro do colo do útero destina-se a mulheres com ida​des compreendidas entre os 25 e os 60 anos, se tiverem iniciado a atividade sexual e estive- rem inscritas num centro de saúde. O rastreio do cancro da mama é oferecido às mulheres entre os 50 e os 69 anos. Já o rastreio do cancro colorretal abrange todas as pessoas com idade entre os 50 e os 74 anos;
  • Perturbação da sexualidade: disfunção erétil, doenças do pavimento pélvico, diminuição da libido, entre muitas outras, podem ser temas a abordar em consultas de Medi- cina Sexual, um serviço já presente em alguns centros de saúde do nosso país;
  • Consumo nocivo. Através do seu médico de família, pode aceder a programas de cessação tabágica com acompanhamento médico personalizado, além de programas de desabituação de álcool ou outras drogas;
  • Saúde oral. Há centros de saúde com médicos dentistas que promovem a saúde e higiene orais.

Porque a promoção da saúde física e mental, o apoio no crescimento e desenvolvimento físico, psicológico e social não têm idade, procure o seu médico assistente. Agende uma consulta e tenha uma avaliação completa e regular.
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