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30 novembro 2022
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de André Oleirinha Vídeo de André Oleirinha

«Sinto-me uma miúda»

​​​​​​​​​​​De sorriso sempre solto, a apresentadora é vista por muitos como a neta que sonhavam ter. Aos 46 anos, assume-se como uma menina-mulher.

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É uma das apresentadoras principais das tardes da RTP e o sorriso fácil é a sua imagem de marca. De quem o herdou?
Antes de mais, obrigada. De facto, faço parte de uma família que sorri e ri muito. A forma como crescemos acaba por ditar os adultos que somos. Por outro lado, sempre fui uma miúda bem-disposta e superdivertida.

É uma otimista por natureza?
Sim, sou. Não há tempo para não o ser. Estamos a atravessar uma fase muito difícil em Portugal e não só. Se não formos otimistas, não vamos a lado nenhum. De que serve enterrar a cabeça na areia e pensar que está tudo péssimo? Mais vale sair de casa, todos os dias, com um sorriso no rosto.

E diga-nos: é tarefa fácil ou difícil apresentar-se, todos os dias, bem-disposta à frente das câmaras? 
É algo natural e espontâneo. Mas, claro, há dias em que tenho de sorrir embora não me apeteça. Apresentando um programa em direto, durante duas horas e meia, todos os dias, é óbvio que só um tonto é que está sempre feliz. Há fases delicadas na nossa vida… Quando os meus avôs morreram não fui trabalhar. Não sou atriz, por isso não consigo mentir.

No programa “A Nossa Tarde” (RTP), privilegia o discurso empático. Sente que é a neta que muita gente não tem?
Uma vez disseram-me isso e adorei. Tenho um carinho muito especial, não só pelos meus avós, mas pelos avós em geral. Ainda recebo cartas à moda antiga. Escrevem-me a dizer que gostam de mim como se fosse uma neta ou filha. Fico muito honrada e isso leva-me a acreditar que, ao longo de todo este tempo, algo de certo ando a fazer.


A ​simpatia e a boa-disposição caraterizam a apresentadora da RTP, à frente das câmaras e no dia a dia

Dá voz ao coração?
Sim, é isso. Sempre fui assim. Nem sou muito afetuosa, em termos de abraços e beijos, mas gosto muito de emoções. A nossa voz e as nossas palavras podem contar como mil abraços. Sempre tive o coração muito perto da boca e, por isso, acho que estou no sítio certo. Gosto mesmo muito da minha profissão

É viciada no trabalho ou sabe desligar?
Não sou nada viciada, nada! Eu sei parar, é raríssimo chegar a casa e pensar em trabalho. Adoro a minha profissão, mas ela termina na RTP.

Está há 20 anos na estação pública, 15 dos quais no horário diúrno. Do seu currículo faz parte a apresentação de programas como “Portugal no Coração”, “Praça da Alegria” ou “Agora Nós”. Como explica o seu êxito?
Acho que as pessoas chegaram ao meu coração e eu cheguei ao coração das pessoas. O amor e a empatia não se ensinam nem se aprendem. Há pessoas que são muito corretas a fazer tele- visão, mas não são empáticas. Quando não se sabe “passar para o outro lado”, torna-se difícil, e eu acho que tenho essa facilidade. Além disso, também não me levo demasiado a sério.

Não?
Não. Rio-me muito de mim própria. Acho que as pessoas olham para mim e há um processo de identificação, sentem que eu poderia ser sua filha, irmã ou neta. Sabem que não estou acima de ninguém.


«Recebo cartas à moda antiga.Escrevem-me a dizer que gostam de mim como uma neta ou filha. Fico muito honrada»

A felicidade tem sido um ingrediente fundamental na conquista do êxito?
Sim, sem dúvida. A felicidade no meu trabalho e no meu dia a dia tem sido um ingrediente importante.

Dezembro é um mês de afetos e balanços. Vamos a contas. Este ano, foi, ou não, uma menina bem-comportada?
[risos] Sim, acho que me portei muito bem.

Então é certo que o Pai Natal irá trazer-lhe muitos presentes…
[risos] Eu adoro o Natal! Dezembro é um mês maravilhoso e, para além disso, o meu filho mais velho, o Tomás, faz dez anos no dia 18. Por- tanto, é um mês mágico e, desde que ele nasceu, ainda mais.

Um momento icónico é a montagem da árvore de Natal…
Sim, costumamos fazê-la no último fim de semana de novembro. A casa fica tão acolhedora e bonita que me dá pena desmontá-la tão cedo.

O que mais gosta nesta quadra?
Tenho muito boas memórias. Costumava passar o Natal na casa dos meus avós paternos, e era, de facto, mágico. Recordo-me de estar fechada no quarto, com o meu irmão, porque o Pai Natal estava a descer pela chaminé. Até ouvíamos os passos dele! O som era um par de botas a bater contra o fogão da minha avó [risos].

Mantém viva a fantasia do Pai Natal?
Sim, o Pai Natal vai à nossa casa. Na noite de Natal, a uma determinada hora, vamos para o quarto, porque o Pai Natal não pode ver crianças. É que, perante a sua presença, elas ficam tão felizes que, depois, ele não consegue ir ao encontro de outras. Mas, é claro, ainda ouvimos um oh!, oh!, oh! [risos]

A cada Natal renovam-se votos de saúde. É vigilante quanto à sua?
Sou preventiva e vigilante. Entrevisto muitas pessoas geneticamente limpas, jovens, a quem, de repente, são diagnosticadas doenças graves. Acredito que é importante fazer análises com regularidade e verificar se está tudo bem. Mas não procuro doenças!

Tem alguma farmácia de eleição?
Eu adoro farmácias. Uma das minhas farmácias de eleição é a Farmácia Nova Telheiras, em Lisboa. Nas farmácias há de tudo, desde cremes, champôs e suplementos, até gomas para os miúdos! E, onde vou, as farmacêuticas conhecem o meu histórico e aconselham-me. São todos muito familiares. Eu própria tenho uma minifarmácia em casa… [risos]


«Sou uma otimista por natureza. Mais vale sair de casa, todos os dias, com um sorriso no rosto»

Ora conte-nos…
Tenho um pouco de tudo o que é preciso: anti--histamínicos, antipiréticos, anti-inflamatórios,para criança e adulto. Numa urgência, dificilmente me apanham desprevenida.

A saúde mental é tão importante quanto a saúde física. A que ferramentas recorre para se manter em equilíbrio? Medita, faz ioga?
O mais importante é identificar aquilo de que mais precisamos, seja meditar, ler um livro ou ver o mar. É fundamental sabermo-nos ouvir. Eu sei ouvir-me. Nessas alturas, paro e dispenso tempo para mim.

E existe algo que a ajude?
Sim, todas as noites, antes de dormir, faço exercícios de respiração, e resulta. Fico mais leve, retiram a ansiedade do dia.


«Eu adoro o Natal! Dezembro é um mês mágico»​ 
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À luz das suas conquistas pessoais e profissionais, gosta do que vê ao espelho?
Sim, gosto bastante de mim e do que vejo ao espelho.

O que vê?
Vejo o reflexo de uma miúda. Nunca me senti com a idade que tenho, 46 anos. Sinto-me uma miúda com as responsabilidades que a minha vida exige e as quais adoro cumprir.

Que sonho gostava de concretizar em 2023? 
Não sei… [pausa] Eu cumpro os meus sonhos todos os dias.​​

 



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