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5 abril 2019
Texto de Marta Xavier Cuntim (psicóloga) Texto de Marta Xavier Cuntim (psicóloga) Ilustração de Mantraste Ilustração de Mantraste

Sinais de alerta

​​​​Saiba detectar as perturbações alimentares dos seus filhos.

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​Os desfiles de moda de alta-costura e a publicidade persistem em escolher modelos exageradamente magros. Esta pressão pode provocar mudanças de comportamento dos adolescentes. É importante os pais conhecerem alguns sinais de alerta para perturbações alimentares:

  • Recusa em comer

  • Preocupação/obsessão pelo corpo e pela imagem corporal. Por exemplo, mudar subitamente a forma de vestir ou deixar de querer olhar-se ao espelho por não gostar do que vê

  • Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Pode haver momentos de voracidade alimentar seguidos de indução do vómito e/ou uso de laxantes e diuréticos para compensar a ingestão exagerada de tantas calorias

  • ​Dores de garganta ou problemas de dentição. No caso da bulimia nervosa, surgem com frequência problemas graves do tracto esofágico, devido à constante indução do vómito. Os dentes são afectados pela erosão provocada pelo suco gástrico dos vómitos

  • Lesão da pele do dorso da mão ou calos nas mãos. A indução do vómito (levar a mão à boca) provoca o aparecimento de calosidades e ulceração, denominado sinal de Russel

  • ​Esconder comida

É normal que a família se sinta perdida quando tem um(a) jovem em casa a passar por uma situação destas. O acompanhamento psicológico é fundamental, assim como a orientação de uma equipa multidisciplinar. A participação de um nutricionista na reeducação alimentar da família ajuda o adolescente a sentir-se mais integrado e apoiado.

O psicólogo trabalha com o doente ou com ele e a família. Analisa a dinâmica da família, os estilos parentais e a personalidade. Preocupa-se em detectar factores biológicos e enquadra o nível de vinculação entre pais e filhos. Importante é perceber os níveis de ansiedade ou identificar se há depressão.

O psicólogo trabalha padrões de comportamento e emoções. E ajuda o doente a recuperar hábitos, comportamentos alimentares saudáveis e participar activamente no plano terapêutico. Outra das áreas desenvolvidas em consulta é a auto-estima, que potencia a eficácia do tratamento. Além de dar suporte e acompanhamento emocional, a presença de um terapeuta facilita o dia-a-dia do adolescente nas relações sociais e na família. Muito importante também é o trabalho de prevenção de recaídas. Para isso, é crucial identificar situações que funcionam como gatilho, de forma a evitá-las.
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