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31 outubro 2024
Texto de Ivone Mirpuri | Médica especialista em modulação hormonal e medicina antienvelhecimento Texto de Ivone Mirpuri | Médica especialista em modulação hormonal e medicina antienvelhecimento

Sem afrontamentos

​​​Estilo de vida saudável e acompanhamento clínico pela modulação hormonal, uma proposta para manter a qualidade de vida.​​​

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​Muito se tem escrito e falado sobre o desafio que a menopausa representa para muitas mulheres. É certo que esta fase da vida implica ajustes, mas com a ajuda profissional adequada (médico e aconselhamento farmacêutico), é possível contornar os sintomas incómodos e manter uma vida leve e feliz. A modulação hormonal e a reposição hormonal revelam-se, frequentemente, determinantes na qualidade de vida da mulher.

Existem cinco pilares para uma vida saudável: alimentação, exercício físico, suplementação alimentar, controlo do stresse e boa higiene do sono.

A menopausa é um processo biológico no ciclo de vida da mulher, assinalando o fim do período fértil. Por definição, diz-se que uma mulher entrou na menopausa depois de 12 meses consecutivos sem menstruação. Os ovários deixam de produzir as hormonas sexuais, designadamente estradiol, progesterona e testosterona, o que provoca sintomas como afrontamentos, secura vaginal, dor durante o ato sexual, diminuição da libido, incontinência urinária, sintomas psicológicos que podem manifestar-se com ansiedade, depressão ou falta de concentração.
 
Se é possível atravessar este período sem qualquer tratamento? É claro que sim! Se tem de ser assim? Evidentemente que não!

O que é a modulação hormonal?
Existe uma grande confusão acerca do que é a modulação hormonal e os benefícios desta abordagem na vida de todas as pessoas, homens e mulheres, independentemente da fase da vida em que se encontrem.

A modulação hormonal traduz-se no conjunto de medidas adotadas para otimizar a formação, a libertação, o transporte, a ação e a metabolização (decomposição/transformação) das hormonas no corpo.

Este é um dos pilares de uma vida repleta de saúde e vitalidade, e está ao alcance de todos, ao adotar hábitos de vida saudável. E sim, tem impacto na gestão dos sintomas associados à menopausa.

As hormonas, nomeadamente as implicadas na menopausa, não funcionam bem sem alimentação adequada, por exemplo. Sem os nutrientes certos, não é possível a sua correta formação para viver em equilíbrio. As células também não vão conseguir responder adequadamente aos estímulos que receberem, nomeadamente os hormonais. O corpo vai-se adaptando, tal como acontece na menopausa, mas a resposta nem sempre é a mais agradável para a pessoa. Contudo, como já percebeu, é possível influenciar positivamente o que acontece a este nível.

As hormonas são responsáveis por contro- lar todos os processos que acontecem no organismo e é por isso que a modulação hormonal é tão importante, nomeadamente em períodos desafiantes como a menopausa.

Modelar as hormonas significa ter em atenção a alimentação (a maior fonte de disruptores endócrinos no organismo), o exercício físico, a suplementação alimentar, a eventual reposição hormonal e, acima de tudo, alterar os hábitos para um estilo de vida saudável, favorecendo o bom funcionamento das nossas hormonas.

Cada caso é um caso. A medicina tem de ter a capacidade de adaptar-se às necessidades de cada pessoa, personalizando as recomendações com base numa visão holística, abrangente e integrada. Para este processo contribuem outros profissionais, como o farmacêutico (especialista do medicamento, por excelência), o nutricionista, o preparador físico, entre outros.

Reposição hormonal – um possível aliado
Quando falamos de reposição hormonal, tem de levar-se a cabo um estudo pormenorizado de cada pessoa, das queixas e do estilo de vida.

O processo de reposição hormonal, também conhecido por terapia de substituição hormonal, consiste na administração de hormonas promovendo impacto positivo nos sintomas associados à menopausa. Este acompanhamento deve ser sempre conduzido por um médico. Envolve a análise de diferentes parâmetros fisiológicos e hormonais. As hormonas estão todas inter-relacionadas, e mexer numa significa, indiretamente, mexer nas outras.

A ciência tem evoluído muito nesta ​área, nomeadamente no que diz respeito às hormonas bioidênticas (amplamente utilizadas nos Estados Unidos da América e no Brasil). Estas têm uma estrutura e composição química igual às produzidas pelo corpo humano, o que traz vantagens em termos da atuação no organismo.

Importa ainda sublinhar que, nos casos em que é prescrita terapia de substituição hormonal, por exemplo para o controlo dos sintomas asso- ciados à menopausa, a mulher deve ser seguida de forma atenta e frequente, dado que podem ser necessários ajustes. As farmácias têm aqui um papel muito importante no esclarecimento de eventuais dúvidas e como forma de promover a adesão da pessoa ao tratamento.

Como percebeu, a menopausa não tem de ficar sem resposta. A classe médica tem de ser capaz de apresentar resposta ajustada às necessidades de cada mulher. Para isso, há que olhar para a pessoa de forma integrada e utilizar a evolução da ciência a nosso favor, recordando que os cinco pilares para uma vida saudável são a chave para vivermos mais e melhores anos.
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