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9 novembro 2021
Texto de Ema Paulino (presidente da ANF) Texto de Ema Paulino (presidente da ANF) Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Responsabilidade

​​​​​O contributo das farmácias para um sistema de saúde eficiente e sustentável.​

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​A pandemia de COVID-19 deixou claro que todos somos necessários quando se trata de tornar os sistemas de saúde eficientes e sustentáveis. Os farmacêuticos e as farmácias não são excepção. Têm um papel a desempenhar na Saúde Pública, na educação para a saúde e na prevenção da doença, na preparação e resposta de emergência, na garantia do acesso aos medicamentos e na sua utilização responsável, assim como na melhoria da sensibilização para a vacinação e na cobertura vacinal.

Ao longo destas páginas, são vários os exemplos de farmacêuticos que desenvolveram soluções que permitiram dar continuidade à relação de proximidade que estabeleceram com a população que servem, mesmo no contexto de afastamento social. Estas soluções passaram não só pela redefinição do circuito e dos procedimentos de dispensa, fazendo chegar o medicamento a quem mais dele precisa, mas, sobretudo, por optimizar o acompanhamento que o farmacêutico faz da efectividade e segurança das terapêuticas.

Em todo o mundo, as farmácias permaneceram abertas para garantir o acesso aos medicamentos, dispositivos médicos e demais produtos de saúde, assim como aos cuidados farmacêuticos necessários ao cidadão. Para além deste serviço vital, as equipas das farmácias desempenharam um importante papel de Saúde Pública, na informação e no aconselhamento ao público sobre a COVID-19.

Em vários países, as farmácias intensificaram os serviços domiciliários a pessoas que se encontravam em situação de confinamento ou quarentena, foram autorizadas a efectuar a renovação da terapêutica a pessoas com doença crónica, a procurar alternativas para medicamentos em escassez ou ruptura no circuito, e a dispensar medicamentos que eram tradicionalmente dispensados pelos serviços farmacêuticos hospitalares.

Foi sobre estas experiências que o Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU), de que a ANF é membro, reflectiu, dando origem a um documento sobre o contributo das farmácias durante o período pandémico.

Deste documento resultaram recomendações para os governos europeus, com o intuito de tornar os sistemas de saúde mais fortes, resilientes e responsivos às necessidades das pessoas.

O PGEU recomenda expandir os serviços prestados pelas farmácias, de forma a maximizar o seu contributo para os sistemas de saúde: garantindo a continuidade dos cuidados e tratamentos, aumentando a cobertura vacinal, e disponibilizando uma primeira linha acessível de aconselhamento, avaliação, triagem, tratamento e encaminhamento para outros níveis de cuidados, quando pertinente.

Recomenda ainda que estes serviços sejam remunerados, de forma a promover a sua sustentabilidade. 

Finalmente, promove a definição de novos modelos de cuidados, que envolvam e estimulem o trabalho integrado, em equipas multidisciplinares e apoiadas pela tecnologia, num contexto de proximidade. 

O pior que podia acontecer após este último ano e meio era não retirarmos os necessários ensinamentos.  Quero acreditar que o “novo normal” de que tanto se fala nascerá das soluções que encontrámos, enquadradas no formalismo necessário para que se tornem sustentáveis e escaláveis.

As farmácias estarão sempre preparadas para assumir as suas responsabilidades.​​
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