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30 março 2023
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de André Oleirinha Vídeo de André Oleirinha

«Quando corro, sinto-me a voar»

​​Apaixonada por maratonas, Isabel Silva é embaixadora de uma vida saudável. Dentro e fora da TV, comunica para inspirar.

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​​​​​É apresentadora de televisão, gosta de correr e vive de forma saudável. A frase: «Mente sã em corpo são» é um lema de vida? 
Sim, para mim esse é o princípio para uma vida longa e uma vida com propósito. Sentir saúde tem de ser algo natural e, quando isso não acontece, é preciso voltar a atingir o equilíbrio.

Quando percebeu que desejava cuidar mais de si? 
Sempre senti isso porque foi algo que herdei dos meus pais. Muito do que somos tem a ver com a nossa genética, mas também com a educação. Os meus pais sempre me educaram para a filosofia do sentir.

Em que consiste?
Mais do que se querer ter e ser “quando for grande”, importa como nos queremos sentir eternamente. Ao longo da minha vida quero sentir paz de espírito. Para isso, faço um conjunto de coisas no meu dia a dia.

Conte-nos quais são.
Procuro ter momentos que me nutrem e me ins- piram. Quando falo em nutrir, falo da alimentação, tudo o que pomos cá dentro conta. Por outro lado, a atividade física também me nutre.

A corrida é uma das suas grandes paixões…
Adoro alta performance! Através da corrida desenvolvo competências que transporto para outras áreas da minha vida, tais como a resiliência, o foco, e a disciplina.

​Aos 36 anos, a apresentadora é um exemplo de estilo de vida saudável. Da prática de exercício físico, alimentação e autorreflexão, Isabel Silva não descura o seu bem-estar

Porque gosta tanto de correr?
Porque quando corro sinto que estou a voar. Gosto particularmente de correr longas distâncias e maratonas, que são 42 quilómetros e 195 metros. Preparo o meu corpo diariamente para correr com prazer. Não corro para cruzar a meta nem a pensar no fim.

Aprecia a jornada…
A vida tem de ser assim! Às vezes, estamos demasiado focados nos objetivos e nas metas. Temos de aprender que o giro é desfrutar até lá chegar, e celebrar as pequenas conquistas.

Já participou em maratonas em Portugal​, Alemanha, Espanha e EUA. Para quando é a próxima? 
No dia 14 de maio conto viajar até Copenhaga na Dinamarca. O que mais gosto nas maratonas não é o dia em si, é a preparação, de três meses, que me obriga a cuidar ainda mais de mim. Nos momentos mais difíceis da minha vida, é quando gosto de me preparar para maratonas. Como gosto de correr com prazer e não gosto de correr em esforço, ao preparar o meu corpo estou a obrigar-me a comer e a suplementar-me cada vez melhor, a deitar-me cedo...

Privilegia uma boa higiene do sono?
Quando descanso, sinto-me poderosa no dia seguinte. Dormir as horas suficientes é poderosíssimo!

Em abril do ano passado, abriu o ginásio EFIT Isabel Silva, em Lisboa, onde também treina. O desporto fá-la sentir-se invencível?
O desporto faz-me sentir melhor ser humano, faz-me sentir que não sou uma máquina. Estamos neste mundo para viver a alegria, a tristeza, a saúde, a doença. Mas o que são estas sensações? É o nosso corpo a dizer: «Atenção! Estou a sentir isto… Precisas de voltar ao equilíbrio!».

Faça chuva ou sol, a apresentadora de televisão não abdica de correr

É fundadora do canal digital DoBem.pt, onde fala de temas ligados a saúde e bem-estar, ali- mentação, desporto e sustentabilidade. Quais são os seus principais pilares?
A alimentação, o desporto pela performance e o desporto pelo bem-estar, o descanso e a autorreflexão são os meus quatro princípios para uma vida com propósito e feliz. Quando os aplico de forma consistente e diária, posso não estar bem, mas tenho a força e a resiliência para seguir em frente.

Tem algum pecado no que toca à comida?
Como de tudo, mas tenho o princípio de comer o mais natural possível. Adoro sobremesas feitas a partir de ingredientes naturais. Também adoro comer pão, mas opto por um pão feito com fermento natural porque sei que traz mais benefícios ao meu intestino.

Procura ser saudável, todos os dias...
Sim, procuro equilibrar o meu corpo físico com o lado mental, emocional e espiritual. O meu grande desafio é que me desgasto muito, pois às vezes entusiasmo-me pelas coisas e fico exausta mentalmente. Tenho alguma dificuldade em dizer não, em saber priorizar. A vida tem-me ensinado a gerir melhor este meu estado de entusiasmo.

Os portugueses conhecem-na pelo percurso em televisão, nomeadamente no “Você na TV”, “Somos Portugal”. Quando e como nasce o gosto pela comunicação?
Quando era miúda, segundo conta a minha mãe, era alegre e curiosa, e isto diz muito de um comunicador. Quando tive de decidir o curso, não sabia bem, mas gostava de comunicar, ler, estudar, escrever… Então, a minha mãe disse-me: «Se calhar seria bom estudares comunicação!». Mas também era muito curiosa e questionava o propósito das coisas e da vida…


E por isso ponderou psicologia...
No fundo, está tudo ligado, é por isso que gosto de temas sobre desenvolvimento pessoal. Acabei por seguir comunicação e fiz Ciências da Comunicação, na Universidade Nova, em Lisboa.

O último programa que apresentou foi “Chefs da Nossa Terra”, na RTP1. Está para quando o regresso à televisão?
O meu propósito de vida é criar conteúdos e comunicar. Gosto de tudo o que tenha a ver com a área da saúde, do desenvolvimento pessoal e do bem-estar, e gosto de fazê-lo com uma veia de entretenimento. Tenho o canal DoBem.pt, onde faço trabalhos incríveis. A televisão também é um meio que amo… Acredito muito que em 2023 vão surgir coisas interessantes. Acho que o regresso será para breve.

A alegria e boa-disposição são duas caraterísticas que definem a jovem comunicadora
 
Vê-se a apresentar um programa relacionado com desporto?
Não gosto de ser colocada em gavetas. Sou uma pessoa com grande entusiasmo pela vida. Gostava de apresentar programas que servissem para entreter, inspirar e capacitar! Portanto, se um dia tivesse oportunidade de fazer um programa que fosse o espelho do meu canal DoBem.pt, eu dizia sim na hora! Um programa de desenvolvimento pessoal, com uma boa dose de entretenimento, histórias de vida positivas, receitas para nutrir e energizar.

 


No dia 25 de abril passam 49 anos da Revolução dos Cravos. Diz-se de abril ser o mês da liberdade. Como vive esta data?
Todos nascemos com uma condição incrível: sermos livres. Quando nascemos cortam-nos o cordão umbilical! Temos de ser livres para podermos ser quem queremos e fazer o que amamos. Neste mês da liberdade, o que quero dizer às pessoas é que sejam livres, ou seja, olhem para dentro. Perguntem-se: «Quem sou eu? O que quero ser?». Se ainda não sabem, deixo uma dica: perguntem aos vossos pais como eram em pequenos. Agarrem nessa base e construam o vosso caminho.



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