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22 dezembro 2017
Texto de Rita Leça Texto de Rita Leça Fotografia de Anabela Trindade e Luís Falcon Fotografia de Anabela Trindade e Luís Falcon

Os guardadores de santos e de igrejas

​​​​O altar da Capela de Santo Cristo, de Atenor, está na "mesa de operações".

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A igreja é o coração das festas de Natal nestas terras mirandesas. Há quem se dedique, todo o ano, a cuidar das igrejas e dos seus habitantes. É o caso de Lília Pereira da Silva e da sua equipa. No Centro de Conservação e Restauro da Diocese de Bragança-Miranda recuperam, todos os dias, santos, altares, murais e até ourivesaria de arte sacra da região. 

«Temos cinco pessoas a trabalhar em permanência. Depois, contamos com a colaboração de alguns conservadores seniores», diz Lília Pereira da Silva, enquanto mostra as instalações do centro, num antigo lar de Sendim. No andar superior ficam os escritórios, que recebem os pedidos de conservação e restauro oriundos de mais de 300 paróquias dos 12 concelhos da diocese. Em baixo, há uma sala ampla, onde estão as obras de grandes dimensões, e outras três assoalhadas, para peças mais pequenas, madeiras e arrumos. 

Quando chegamos, o altar da capela de Atenor está em cima da “mesa de operações”. A técnica Rita faz as bases para a reintegração cromática e para a folha de ouro. «A capela de Atenor data dos séculos XVI ou XVII. Tem vestígios muito degradados», explica Lília Pereira da Silva. Por isso, o restauro demora perto de dois meses até ser concluído. «O trabalho vale a pena quando se vê tudo resolvido e, ainda mais, quando a igreja fica cheia», conclui a especialista.
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