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24 janeiro 2016
Texto de Rita Mota Capitão Caldas (Farmacêutica) Texto de Rita Mota Capitão Caldas (Farmacêutica)

Os bebés não vêm com as cegonhas

​Falar verdade para explicar a gravidez aos irmãos.

Os nossos cinco filhos são ainda muito pequenos, com idades entre os oito meses e os seis anos, o que facilita as explicações sobre a gravidez e o nascimento dos irmãos. Eles contentam-se com respostas curtas. Maturam cada frase nossa e mais tarde trazem então novas dúvidas. Mas há que responder sempre com verdade e sinceridade. Nada de “estórias” da carochinha ou da cegonha. Nos dias que correm, seriam desmontadas num ápice.

E eles percebem quando não estamos a dizer a verdade. A Isabel, o Duarte, o Pedro e a Carmo têm sido muito calminhos, às vezes nem se dá pelo novo bebé em casa. O José Maria, o primeiro filho, foi o mais agitado. E é também, por ora, o mais científico. Expliquei-lhes que o pai dá uma semente à mãe, que a mãe acolhe essa semente e que, para isso acontecer, os pais se encontram, não num café ou cinema, mas com privacidade, para que possam, só os dois, partilhar o seu amor um pelo outro. Ouviram em silêncio, de olhar pensativo.

Mais tarde, num momento de brincadeiras familiares, lá veio a frase: «olha, olha, a mãe deu um beijinho ao pai, vão ter mais um bebé!». Foi então necessário explicar que eles próprios terão os seus namorados a quem vão dar beijinhos, sem nascer um bebé por isso. Importa começar desde cedo a incutir-lhes que a base é sempre o amor entre o pai e a mãe.

​​No nosso caso, não foram ver-me na maternidade. É extremamente penoso vê-los sair enquanto a mãe fica ali, com outro bebé recém-nascido. Na nossa família, o que acontece nesses dias é que a mãe não está em casa, mas fica o pai a cuidar deles. Funcionamos como um todo. Esse apoio é fundamental e nisso sou privilegiada: o pai é espectacular. 

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