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30 novembro 2018
Texto de Marta Xavier Cuntim (Psicóloga clínica) Texto de Marta Xavier Cuntim (Psicóloga clínica)

Os avós são estrelas

​​​​​​​​​Na época natalícia, valorizar os mais velhos é fundamental.

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O Natal é um tempo de partilha em família, especialmente com os mais velhos. Todos os anos ouvimos casos de idosos deixados nos hospitais, com contactos de família falsos. Outros ficam em casa sozinhos porque os filhos não têm disponibilidade para os ir buscar. Ou por outra desculpa qualquer.

Cabe à família valorizar os mais velhos pela experiência e sabedoria. Na China e no Japão, a velhice é sinónimo de respeito. Os japoneses consultam sempre os anciãos antes de tomarem decisões importantes. Podemos estar mais atentos, começando por:
  • Escutar o que têm para dizer. Convidá-los a participar nas conversas, ouvir as estórias de juventude.
  • Não os deixar sozinhos ou com a sensação de serem um estorvo.
  • Deixá-los ajudar, dentro das possibilidades. Ninguém gosta de se sentir inútil.
  • Zelar pelo bem-estar físico e emocional. Fazer passeios, voluntariar-se para levar à actividade física. Ajudar a criar uma rotina de vida saudável e activa.
  • Fazer actividades em conjunto, apanhar sol.
  • Deixar que os netos passem tempo com eles e lhes expliquem algumas aplicações do mundo digital.
  • Se gostarem, dar um animal de companhia que imponha rotinas obrigatórias como sair à rua (no caso de cães), comprar comida e dar de comer. E ainda ganham em companhia.

É natural que a idade traga alguma tristeza. Enquanto emoção primária, a tristeza caracteriza-se por ser adaptativa. É importante não confundir tristeza com depressão, condição clínica dependente de diagnóstico. Alguns sinais de alerta são:
  1. Pensamentos negativos: mudanças no estado de espírito, aparecimento repentino de ideias negativas, tristes, ou mesmo de suicídio.
  2. Cansaço extremo: pode ser confundido com a idade. Se for repentino e impactar com as tarefas normais.
  3. Alterações no padrão alimentar: perda de apetite e emagrecimento extremo.
  4. Perda de interesse: menos entusiasmo por actividades favoritas e apatia.
  5. Alterações no padrão de sono: dificuldade em dormir, insónias.
  6. Abuso de substâncias: aumento do consumo de álcool, medicação – ou outras substâncias químicas.
  7. Isolamento: necessidade excessiva de ficar sozinho, faltar a compromissos familiares importantes. Não querer ser incomodado nem falar com ninguém.
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