Koen Straetmans, presidente do PGEU, recorda que os farmacêuticos comunitários permaneceram na primeira linha de prestação de cuidados à população durante a pandemia, de portas abertas mesmo quando outros serviços de saúde encerraram nos confinamentos. «Foram o primeiro e o último contacto dos doentes com o sistema de Saúde. Deram respostas quando toda a gente tinha muitas dúvidas; continuaram a dispensar os medica- mentos necessários, mesmo os de prescrição, assegurando a manutenção do tratamento a doentes crónicos; resolveram, num primeiro momento, os problemas de falta de medicamentos, falta de máscaras, falta de desinfetantes. E quando a crise sanitária persistiu, formaram-se, adaptaram-se, e alargaram os serviços para prestar o apoio que foi necessário».
Desta ação e, acima de tudo, dos seus resultados, há lições a serem retiradas. A primeira, o enorme poder de adaptação da classe. A grande capacidade de testagem ao SARS-CoV-2 é disso exemplo, assim como em muitos países da Europa o foi a vacinação contra a COVID-19. «O que daqui podemos concluir, com muita segurança, é que de cada vez que confiamos o fornecimento de um serviço às farmácias, elas rapidamente se adaptam e põem as coisas em movimento, acrescentando valor à saúde individual das pessoas, mas também à Saúde Pública e à saúde económica dos sistemas. Este é um ativo em cima do qual é preciso construir». Por isso, as recomendações do PGEU vão no sentido de permitir aos farmacêuticos fazer mais, alargar e aprofundar o seu leque de valências, passando-o a letra de lei, «obviamente associado a uma remuneração adequada».