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9 janeiro 2024
Texto de Teresa Oliveira (WL Partners) Texto de Teresa Oliveira (WL Partners) Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Duarte Almeida Vídeo de Duarte Almeida

O poder curativo da bicicleta

​​Micael seguiu sem hesitar as indicações dos médicos, mas abriu uma exceção para o desporto.​

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​O ciclismo foi uma das componentes essenciais do caminho de Micael Ferreira para alcançar a remissão total do linfoma de Hodgkin. Sempre desejoso de treinar, a sua médica, pelo contrário, pedia-lhe calma. “Vais ter tempo para andar de bicicleta», garantia-lhe.

Sem querer desrespeitar os médicos, Micael sabia da importância que o desporto tem para si. «Sempre acreditei a 100% na minha médica e nos médicos do IPO», recorda, era uma «questão muito assente: diziam para fazer aquele medicamento ou para fazer aquilo e eu nunca duvidei, sempre acreditei, mas algumas coisas eu não cumpria… relacionadas com o desporto».

Há vários anos que a ciência vem mostrando que a inclusão de atividade física nos cuidados oncológicos «pode melhorar significativamente a gestão dos sintomas, a qualidade de vida e a condição física durante e após o tratamento», apenas para citar um estudo clínico apresentado em 2018 no congresso da Sociedade Europeia para a Oncologia Médica. Micael aproveitou bem esses benefícios, mas também houve alturas em o seu forte empenho desportivo o prejudicou. Por duas vezes treinou tanto que teve de «ir de urgência para o Instituto Português de Oncologia, porque estava com dores que não passavam com medicamentos vendidos nas farmácias. Foi do exagero do desporto», assume.

​​​Durante os tratamentos pesava «50 e tal quilos» e estava a fazer quimioterapia, depois de ter passado por meses de condição física debilitante. Muito magro, sem gordura para perder e com menor massa muscular, «esforçava-se muito, porque não tinha força». Para os quilómetros que hoje voltou a percorrer, o ‘exagero’ da altura agora é um percurso banal.
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