O empresário, consultor e dirigente desportivo reflecte sobre o futuro de uma das mais bem preparadas gerações que o país produziu.
«A geração dos meus filhos [mais novos] está espremidíssima. É a geração que ganha 800 euros, 1.000 euros. Vão passar as passas do Algarve até serem gente. E ninguém lhes consegue dar resposta». Por isso acredita que, para esta camada da população, o destino é quase uma fatalidade: emigrar. Mas di-lo com pena, porque «o país precisa deles», só que não lhes dá emprego, expectativas ou oportunidades.
«Com isto não estou a fazer qualquer apelo a que as pessoas emigrem», numa alusão à expressão atribuída ao ex-primeiro-ministro Passos Coelho. «O que procuro incutir nos meus filhos é que têm de ter orgulho em ser portugueses, mas que são cidadãos do mundo. Têm de olhar para as várias portas que se lhes abrem e saber qual a que devem abrir e entrar», remata José Eduardo Moniz.